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PSB diz que jato foi emprestado por empresários

Partido afirma que custo com o jato seria divulgado ao fim da campanha

Por Talita Fernandes
26 ago 2014, 17h56

O PSB divulgou nota nesta terça-feira que confirma que a aeronave que caiu quando levava o então candidato à Presidência do partido, Eduardo Campos, foi emprestada pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira. Reportagem do site de VEJA publicada na quinta-feira mostrou que, embora a aeronave estivesse no nome do grupo AF Andrade, ela estava em processo de venda para os empresários pernambucanos.

Desde o acidente que matou Campos e outras seis pessoas, em Santos (SP), o partido evita dar explicações sobre o caso. Oficialmente, o jato Cessna Citation 560XL estava no nome do grupo AF Andrade, cujos proprietários negavam relação com Campos. “A aeronave de prefixo PR-AFA, em cujo acidente faleceu seu presidente, Eduardo Henrique Aciolly Campos, nosso candidato à presidência da República, teve seu uso – de conhecimento público — autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira”, afirmou Roberto Amaral, presidente nacional do PSB.

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Amaral disse que os valores seriam declarados no final da campanha, de acordo com as exigências da Justiça Eleitoral. “Nos termos facultados pela legislação eleitoral, e considerando o pressuposto óbvio de que seu uso teria continuidade até o final da campanha, pretendia-se proceder à contabilização ao término da campanha eleitoral, quando, conhecida a soma das horas voadas, seria emitido o recibo eleitoral, total e final”, diz a nota.

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Venda – Atolado em dívidas, o grupo AF Andrade procurava um comprador para o jatinho, avaliado em 9,5 milhões de dólares. Em maio, o grupo fechou uma negociação com Mello Filho e Vieira que envolvia o pagamento de oito parcelas atrasadas do leasing do avião e 450.000 dólares em dinheiro aos Andrade. Depois disso, bastava que a Cessna Finance, o braço financeiro da fabricante de jatos, aceitasse a transferência de titularidade entre arrendatários. Como o processo é burocrático, o grupo autorizou que os novos donos saíssem voando, desde que acertassem as parcelas atrasadas. O pagamento de 450.000 dólares seria a próxima etapa, que foi interrompida com o acidente que matou Campos e outras seis pessoas.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que a AF Andrade enviou informações ao órgão relatando a negociação do jato. A documentação está sendo repassada à Polícia Federal, que leva adiante as investigações sobre o caso. Contudo, a Anac afirma que, independentemente das tratativas entre empresários, o operador do avião segue sendo a AF Andrade – e a propriedade é da Cessna Finance Export Corporation. De acordo com a agência, não houve qualquer solicitação de alteração no registro.

Leia a nota na íntegra:

O Partido Socialista Brasileiro esclarece:

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A aeronave de prefixo PR-AFA, em cujo acidente faleceu seu presidente, Eduardo Henrique Aciolly Campos, nosso candidato à presidência da República, teve seu uso – de conhecimento público — autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira.

Nos termos facultados pela legislação eleitoral, e considerando o pressuposto óbvio de que seu uso teria continuidade até o final da campanha, pretendia-se proceder à contabilização ao término da campanha eleitoral, quando, conhecida a soma das horas voadas, seria emitido o recibo eleitoral, total e final.

A tragédia, com o falecimento, inclusive, de assessores, impôs conhecidas alterações tanto na direção partidária quanto na estrutura e comando da campanha, donde as dificuldades enfrentadas no levantamento de todas as informações que são devidas aos nossos militantes e à sociedade brasileira.

Brasília, 26 de agosto de 2014

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Roberto Amaral, presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro

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