Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PSB ainda mantém cargos estratégicos no governo Dilma

Há um mês, sigla anunciou entrega de "todos" os postos no governo para reforçar o apoio à candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República

Por Da Redação
17 out 2013, 09h44

Quase um mês depois de romper com o governo da presidente Dilma Rousseff e anunciar a devolução de todos os cargos de confiança, o PSB ainda mantém postos estratégicos na administração federal, com alto potencial eleitoral e responsáveis pela gestão de milhões de reais. Entre eles está o presidente da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco de Almeida, indicado para o posto pelo presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

A Chesf tem 4 bilhões de reais em obras contratadas e é um dos objetos de desejo dos partidos que se mantiveram fiéis à presidente Dilma Rousseff. Nos últimos sete dias, Almeida fez duas viagens a Brasília para participar de cerimônias envolvendo a Chesf, uma delas sobre os 65 anos de criação da estatal. A assessoria dele informou que nenhuma carta de demissão foi entregue ao governo. Sua intenção é ficar à frente da estatal até ser notificado de que deve sair.

Leia também:

Na TV, Campos diz que PT ‘já deu o que tinha que dar’

Continua após a publicidade

PSB de Eduardo Campos deixa oficialmente governo Dilma

Ocupante de cargos nos conselhos de administração do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Roberto Amaral informou que já pediu para sair dos dois postos. Aguarda a definição do governo, que deverá ser publicada no Diário Oficial da União. Marcelo Dourado, presidente da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), escreveu uma carta de demissão no dia 1º. Ele foi indicado para o cargo pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), um dos principais articuladores políticos de Campos. “Tenho minhas convicções partidárias. Estou fora. Mas não posso simplesmente trancar a porta, pois não tenho para quem entregar as chaves.” A superintendência é responsável por ações de desenvolvimento e erradicação da miséria no Centro-Oeste. Em 2013, o orçamento autorizado é de 230,7 milhões de reais.

Indicado por Campos, o coronel Humberto Vianna, secretário Nacional de Defesa Civil, disse que já pediu demissão. Ele manifestou esperança de que o Diário Oficial da União desta quinta-feira traga sua exoneração. A secretaria é responsável pelos programas de prevenção e socorro de vítimas de enchentes. Só pelo Programa de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres, o órgão pagou 942 milhões de reais este ano.

Continua após a publicidade

Jenner Guimarães do Rego, secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração, afirmou por sua assessoria que é funcionário de carreira do Banco do Nordeste e que não é filiado a nenhum partido. Portanto, vai ficar no governo. Ele foi indicado por Eduardo Campos e comanda a área responsável pelos fundos de desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que têm 85 bilhões de reais de saldo aplicado em carteira.

O diretor de Bacias Hidrográficas da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), José Augusto Nunes, chegou ao governo pelas mãos do governador do Piauí, Wilson Martins, que é do PSB. Sua assessoria informou que ele não entregou nenhuma carta de demissão e que está viajando a trabalho. Emanuel Lima, superintendente da Codevasf em Juazeiro (BA), indicado pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA), não foi encontrado. A superintendência é responsável por uma área com 27 municípios e mais de 1 milhão de habitantes. A cargo dela, está o terceiro maior projeto de irrigação em fase de implantação no país.

Primeiro escalão – O PSB só deixou, de fato, o ministério da Integração Nacional (Fernando Bezerra Coelho) e a Secretaria dos Portos (Leônidas Cristino) – além dos ministros, saíram os secretários executivos. Oficialmente, a Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto informou que não há previsão para a saída de nenhum dos aliados de Campos dos cargos que mantêm no governo. Segundo fontes, isso se deve ao fato de Dilma não querer abrir disputas pelos cargos.

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.