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Protógenes bisbilhotou a vida de autoridades ilegalmente

Por Da Redação
6 mar 2009, 21h37

VEJA teve acesso à íntegra de um material apreendido pela Polícia Federal que prova que o delegado Protógenes Queiroz centralizava o trabalho de uma imensa rede de espionagem que bisbilhotou secretamente desde a vida amorosa da ministra Dilma Rousseff até a ante-sala do presidente Lula, no Palácio do Planalto – passando pelo presidente Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador José Serra, além de deputados, senadores e advogados.

O conteúdo estava em um computador apreendido na casa de Protógenes. Nos documentos há relatórios que levantam suspeitas graves sobre as atividades de ministros do governo, fotos comprometedoras que foram usadas para intimidar autoridades e gravações ilegais de conversas de jornalistas – tudo produzido e guardado à margem da lei.

O material clandestino – 63 fotografias, 932 arquivos de áudio, 26 arquivos de vídeo e 439 documentos em texto – foi apreendido em novembro do ano passado pela Polícia Federal e estava armazenado em um computador portátil e em um pendrive guardado no apartamento do delegado no Rio de Janeiro.

O resultado final deve ser anunciado até o fim de março, mas pelo que já se encontrou nos arquivos pessoais de Protógenes não resta mais qualquer sombra de dúvida sobre a extensão de suas ações ilícitas cuja ousadia sem limite chegou à ante-sala do presidente Lula e a seu filho, Fábio Luis.

Satiagraha – A investigação da corregedoria da Polícia Federal reconstituiu parte dos bastidores da Satiagraha. O delegado Protógenes Queiroz foi encarregado pelo ex-diretor da arapongagem federal, a Abin, delegado Paulo Lacerda, de montar uma equipe para se dedicar exclusivamente às investigações sobre o banqueiro Daniel Dantas.

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Em outubro de 2006, VEJA publicou uma reportagem revelando que o banqueiro havia montado com a ajuda de espiões internacionais um dossiê para constranger autoridades do governo, entre elas o presidente Lula e o próprio Lacerda. Para acelerar os trabalhos, Lacerda cedeu “informalmente” espiões da agência para ajudar o delegado. Protógenes recrutava os espiões com o argumento patriótico de que eles estavam sendo convocados para uma “missão presidencial”. A suposta ordem do presidente e o nome de Fábio Luís da Silva surgiram nos depoimentos dos arapongas.

A lenda – Há uma vertente importante que deve ser apurada sobre a famosa operação Satiagraha – o consórcio formado entre a polícia, o Ministério Público e a Justiça. As ilegalidades do caso podem acabar livrando da cadeia um vilão do calibre do banqueiro Daniel Dantas. Por conta disso, o juiz do caso, Fausto De Sanctis, está sob investigação da corregedoria da Justiça Federal.

O deputado Marcelo Itagiba, presidente da CPI das Escutas Ilegais, disse que ainda não examinou os documentos que chegaram à comissão apenas na semana passada. “Mas tudo parece muito grave e, se confirmado, vou pedir a prorrogação dos trabalhos”, garantiu o parlamentar, ao ser informado do conteúdo. O delegado Protógenes não foi encontrado. Um dos arquivos de seu computador mostra que ele estava se dedicando a escrever uma autobiografia. Título: “Protógenes, a Lenda”.

Leia a reportagem completa em VEJA desta semana (na íntegra somente para assinantes)

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