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Protesto provoca 17 Km de lentidão na Dutra

A manifestação, organizada por caminhoneiros autônomos, é contra mudanças implantadas no pagamento e regulamentação da profissão pelo governo

Por Tatiana Santiago
30 jul 2012, 11h00

Um protesto de caminhoneiros autônomos provoca 17 quilômetros de lentidão na manhã desta segunda-feira na altura do quilômetro 276 da via Dutra, na região de Barra Mansa, no Rio de Janeiro. Segundo a NovaDutra, concessionária que administra a rodovia, a manifestação teve início na tarde de domingo e bloqueia ambos os sentidos da rodovia. Protestos também bloqueiam quatro trechos de três rodovias do estado do Rio Grande do Sul.

Por volta das 10h30, o motorista que trafegava no sentido Rio enfrentava 17 km de filas, entre os quilômetros 293 e 276. No sentido São Paulo, o congestionamento ia do Km 269 até o 276. Depois de uma negociação com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os caminhoneiros liberaram uma faixa em cada sentido da pista, mas somente carros e ônibus têm autorização para passar.

No Sul, os protestos atingem as BR-285, em Ijuí e São Sepé; BR-158, em Júlio de Castilhos; e BR-392, em Pelotas. As manifestações causaram interrupção parcial do trânsito no começo da manhã porque, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os caminhoneiros permitiram a circulação de veículos de passeio e bloquearam a estrada apenas para colegas que desejavam seguir trabalhando.

O protesto, que não recebeu o apoio do sindicato que representa a categoria, é contra mudanças implementadas pelo governo federal para a regulamentação da profissão, como a jornada de trabalho. Segundo a lei federal 12.619, o caminhoneiro deve ter descanso de 11 horas entre os turnos trabalhados, uma hora de almoço por dia e descansar 30 minutos a cada 4 horas trabalhadas. O objetivo da lei é evitar acidentes e diminuir o número de mortes nas estradas. Apesar de a lei ter sido publicada em 30 de abril, a fiscalização pela PRF começou nesta segunda-feira.

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Os caminhoneiros também protestam contra a retirada do cartão-frete (que formaliza a contratação dos autônomos e garante o pagamento), pois as transportadoras agora têm que fazer o pagamento do frete à vista e, por esse motivo, as empresas passaram a evitar a contratação de motoristas autônomos. Segundo a Associação Brasileira dos Caminhoneiros, o país possui mais de 1 milhão de caminhoneiros nesta categoria.

De acordo com o Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), as medidas têm reduzido a oferta de frete para os profissionais e diminuído os rendimentos em razão das restrições de horário de trabalho. Os caminhoneiros também reclamam da falta de estrutura e segurança das rodovias para cumprir as paradas obrigatórias previstas na lei.

A fiscalização do cumprimento da jornada será feita através do tacógrafo do veículo. O aparelho mede a velocidade do caminhão, o tempo de parada e a distância percorrida.

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