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Protesto de professores termina em tumulto no Rio

Policiais militares lançaram bombas de gás lacrimogêneo, em frente à prefeitura do Rio, depois que os manifestantes invadiram a avenida Presidente Vargas. Manifestante vestido de Batman ficou ferido

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
28 Maio 2014, 15h43

Um protesto de professores terminou em confronto com a polícia no início da tarde desta quarta-feira, no Centro do Rio. A confusão começou quando cerca de 200 pessoas, que se concentraram em frente à prefeitura do Rio para esperar o fim de uma reunião entre uma comissão de grevistas e a secretária de educação, Helena Bomeny, invadiu a Avenida Presidente Vargas, uma das principais da região central da cidade. A polícia tentou dispersar os manifestantes e, diante da resistência, lançou bombas de gás para liberar a via.

Houve correria e, durante o tumulto, o protético Eron Morais de Melo, de 33 anos, que se veste de Batman durante as manifestações no Rio, foi ferido na cabeça. O ativista, que já foi detido em outro protesto, disse que levou um golpe de cassetete na cabeça. O gás invadiu a estação do metrô, na Cidade Nova, e provocou desespero entre os passageiros. Motoristas que estavam parados na via, devido à interdição, ficaram presos no meio da confusão.

Os protestos e as greves – principalmente as do transporte público – são uma preocupação das autoridades às vésperas da Copa do Mundo. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou, nesta quarta-feira, que os turistas que visitarão o Brasil durante a competição “devem se sentir seguros”. “O que ocorreu nesta terça (confronto entr policiais e índios em Brasília) mostra que a polícia está presente para garantir o cumprimento da lei, a liberdade de manifestação e não permitir abusos”, disse.

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O plano dos manifestantes, convocados pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), era permanecer em frente à prefeitura até o fim da audiência com a secretária de educação. Depois da reunião, eles fariam uma caminhada até o prédio da Secretaria Estadual de Educação, no Santo Cristo, para pressionar o governo estadual a negociar com o sindicato.

Os grevistas, no entanto, deixaram as imediações da prefeitura antes do fim da reunião. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, cinco representantes do Sepe estão reunidos com a secretária. Os grevistas exigem aumento de 20% – mais do que o triplo da inflação registrada nos últimos 12 meses, de 6,28%.

Greve é ilegal – Na terça-feira, a Justiça considerou ilegal a greve dos profissionais de educação, que já dura 15 dias, mas com baixa adesão. A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Leila Mariano, determinou que o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) suspenda a greve imediatamente. Caso contrário, terá que pagar multa de 300.000 reais por dia. Segundo a decisão, o estado poderá cortar o ponto dos grevistas e descontar as faltas nos salários.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que, a partir desta quarta-feira, mudará o código atribuído às faltas dos professores em greve. Será lançado o código 30, que significa falta sem justificativa. De acordo com o órgão, na falta injustificada, o professor é descontado e fica sujeito a penalidades, como o atraso da progressão funcional. Em caso de mais de dez dias de falta, será aberto processo de abandono de cargo, que pode resultar na “exclusão definitiva do servidor”.

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