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Protesto contra reajuste da tarifa tem confronto em SP

Manifestantes e policiais militares voltam a se enfrentar na região central após bomba estourar em meio a passeata. Repórter fica ferido por estilhaços

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 jan 2015, 20h45

(Atualizada às 22h30)

Manifestantes e policiais militares voltaram a se enfrentar nesta sexta-feira à noite durante o quarto protesto do Movimento Passe Livre (MPL) este ano contra o reajuste na tarifa de transporte público em São Paulo. A passeata se dispersou após uma bomba estourar em meio aos manifestantes na Rua Conselheiro Crispiniano, ao lado do Theatro Municipal, no Centro da capital paulista. Ao menos seis pessoas foram detidas e levadas ao 2º Distrito Policial – uma delas ferida.

O artefato estourou atrás da faixa carregada pelo MPL, área em que os manifestantes caminhavam cercados por policiais militares durante o protesto. O major da PM Luís Ambar, responsável pela operação, considerou “improvável” a bomba ter sido atirada pelos policiais, mas também não confirmou se o explosivo era dos manifestantes.

“A manifestação estava perto de terminar, seguia pacífica, quando uma bomba caseira estourou. Os manifestantes pensaram que [a bomba] era da Polícia Militar e começaram a atacar pedra em nós”, disse o major.

Logo depois da explosão, PMs da tropa de intervenção, sem armas de fogo, cercaram o grupo e tentaram capturar os responsáveis pela bomba, enquanto patrulheiros da Força Tática dispararam bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. Segundo a PM, os manifestantes reagiram e atiraram rojões contra os policiais.

Um dos jornalistas que cobriam o protesto, o repórter Edgar Maciel, do jornal O Estado de S. Paulo, ficou ferido na perna por estilhaços de bombas de gás lançadas pela PM – ele foi levado à Santa Casa de Misericórdia.

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Manifestante do Movimento Passe Livre (MPL) queima catraca em frente ao Theatro Municipal de São Paulo (VEJA)
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Antes da intervenção policial, porém, mascarados adeptos da tática Black Bloc correram para longe da aglomeração e se espalharam pelas ruas do Centro, em direção ao Largo do Paiçandu. Eles depredaram lixeiras e agências bancárias. Também arremessaram pedras e garrafas em confronto com PMs que se aproximavam. O maior grupo de manifestantes saiu por outra direção, correndo pela Avenida São João até a Praça da República, onde mais três bancos foram atacados.

O major Luís Ambar disse, durante a passeata, que o grupo tinha cerca de 4.000 pessoas e 1.100 agentes da Polícia Militar. Ao fim do protesto, porém, ele revisou as estimativas para 1.500 manifestantes. Em comparação com os três atos anteriores em 2015, a adesão à manifestação foi menor. Uma forte chuva caiu durante a passeata e levou manifestantes a abandonarem o trajeto.

Próximo à Câmara Municipal, três jovens encapuzadas já haviam provocado um tumulto com a Polícia Militar. Elas atearam fogo a uma bandeira do Brasil, e um policial investiu contra o trio para arrancar a bandeira das mãos delas. Até então a passeata transcorria sem incidentes.

Antes de começar, o comando da PM combinou o trajeto a ser percorrido com integrantes do Passe Livre. A PM impôs uma restrição aos manifestantes: não bloquear a Avenida Paulista por causa das obras para instalação de uma ciclovia. Eles então deixaram o Theatro Municipal, passaram pela sede da prefeitura e encerrariam o ato na Praça da República.

O Passe Livre convocou um quinto protesto para a próxima terça-feira, no Largo da Batata, Zona Oeste de São Paulo.

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