Professores mantêm greve e ocupação da Câmara do Rio
Cerca de 160 docentes pernoitaram na Casa, e 50 permanecem no plenário para pressionar vereadores e o prefeito a reformular o plano de cargos e salários
Os professores municipais do Rio de Janeiro decidiram nesta sexta-feira manter a ocupação do plenário da Câmara dos Vereadores e a greve, que dura quase dois meses. Segundo o Sindicato Estadual de Profissionais de Educação (Sepe), que também representa os docentes do município, 160 pessoas pernoitaram na Casa, e 50 ainda permanecem no local.
Cerca de 30 manifestantes estão acampados do lado de fora do Palácio Pedro Ernesto, no Centro. As laterais da Câmara, por onde entram os vereadores, também estão ocupadas. A categoria é contra o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração enviado em regime de urgência pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). O Sepe diz que a proposta só beneficia 10% dos profissionais e não valoriza o tempo de serviço.
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Por causa da ocupação, foi cancelada a audiência pública que discutiria na manhã desta sexta-feira as remoções na cidade. Todos os trabalhos da Câmara estão suspensos. Na quinta-feira, um primeiro grupo de 50 professores entrou no plenário para impedir que fosse dado prosseguimento à votação do plano. A segurança da Câmara impediu a entrada de novos manifestantes, e um grupo forçou a passagem pulando a Tribuna de Imprensa e tomando o plenário.
Após a invasão, o presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), decretou o fim da sessão e marcou a votação para a próxima terça-feira. Os professores decidiram que vão ocupar a Câmara até terem suas reivindicações atendidas pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). Eles também pedem reunião com Felippe, que foi embora na quinta-feira sem recebê-los.
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(Com Estadão Conteúdo)