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Procuradoria pede quebra de sigilos de Capez e ex-chefes de gabinete do governo Alckmin

Luiz Roberto "Moita", Fernando Padula e ex-assessores do tucano que preside a Alesp também tiveram quebras de sigilo pedidas pelo procurador-geral de São Paulo

Por Da Redação 5 fev 2016, 20h14

A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo pediu nesta sexta-feira ao Tribunal de Justiça do Estado a abertura de procedimento investigatório relacionado à Operação Alba Branca, que investiga fraudes em contratos de fornecimento de merenda escolar em pelo menos 22 municípios paulistas. Entre as diligências solicitadas pelo procurador-geral Márcio Fernando Elias Rosa, está a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da Assembleia Legislativa paulista, Fernando Capez, e de outros investigados. O deputado tucano foi citado em depoimentos de presos pela operação deflagrada pela Polícia Civil como suposto beneficiário de propina de contratos da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), sediada em Bebedouro (SP), com a Secretaria de Educação paulista.

Além de Capez, o procurador-geral também pediu a quebra dos sigilos do ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, conhecido como “Moita”, do ex-chefe de gabinete da Secretaria de Educação paulista, Fernando Padula, do assessor de Capez Luiz Carlos Gutierrez, conhecido como “Licá”, e dos ex-assessores do presidente da Alesp Jeter Rodrigues e Merivaldo dos Santos.

Moita, Padula, Licá, Jeter e Merivaldo foram apontados por grampos telefônicos e depoimentos aos investigadores da Alba Branca como integrantes do esquema.

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Quadro do PSDB desde 2011, Moita aparece em ligações interceptadas pela Alba Branca conversando a respeito de um aditamento em um contrato da Coaf com o lobista Marcel Ferreira Júlio, apontado como operador do caso de corrupção. O ex-chefe de gabinete da Casa Civil disse ao lobista ter recebido uma orientação de Padula para que, ao invés de protocolar na Secretaria um aditivo ao contrato, a cooperativa solicitasse um reequilíbrio econômico do acordo. Assim, o valor contratado seria aumentado, e não mantido, em função de “atualização monetária de dólar, aquelas coisas”, conforme as palavras de Moita ao telefone.

Filiado ao PSDB desde 1993, Fernando Padula integrou as administrações tucanas em São Paulo desde 1999. Ele chefiou o gabinete estadual de Educação entre 2007 e o último dia 28 de janeiro, quando o novo secretário da pasta, José Renato Nalini, assumiu o comando e o exonerou. Em 2013, Padula assumiu interinamente o cargo de secretário-adjunto da Educação paulista.

Em outra conversa com Marcel interceptada pela Polícia Civil, Luiz Roberto Moita informou ao lobista “eu to no Palácio”, em referência ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, e disse estar “enrolado com esse negócio de escola pra cima e pra baixo não dá nem pra eu pensar nas minhas coisas”.

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Capez – A assessoria de Fernando Capez informa que ele enviou uma petição ao Ministério Público de São Paulo na semana passada pedindo para ser ouvido em caráter de urgência, entregou ao MP suas cinco últimas declarações de imposto de renda e autorizou a quebra de seus sigilos bancário e fiscal. Primeiro deputado a assinar a lista de criação de CPI para investigar o caso na Assembleia, Capez reiterou ontem ao Ministério Público o pedido para depor.

Conforme revelou a coluna Radar, de Vera Magalhães, os presos pela operação citam, além de Capez, os deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB) e o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD). As peças relacionadas aos três parlamentares foram enviaas pela Procuradoria-Geral de São Paulo à Procuradoria-Geral da República.

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