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Procurador-geral da República diz que sua casa foi arrombada em janeiro

Janot afirmou ainda que há 'fatos concretos' que o obrigam a adotar medidas para garantir sua segurança. Esse teria sido motivo de reunião com Cardozo

Por Da Redação
27 fev 2015, 17h17

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta sexta-feira que sua casa em Brasília foi arrombada no fim de janeiro. Ele afirmou que há “fatos concretos” que o obrigam a adotar medidas para garantir sua integridade física, mas disse não saber se o risco está relacionado com algum caso específico, como a Operação Lava Jato. Às vésperas de apresentar a lista com pedidos de investigação contra políticos citados no petrolão, Janot se reuniu na quarta-feira com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em encontro que não constava na agenda oficial de nenhum dos dois. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Cardozo foi ao gabinete de Janot para alertar que o departamento de Inteligência do Ministério da Justiça detectou que a segurança do procurador pode estar ameaçada. Ele sugeriu, por exemplo, que o chefe do Ministério Público deixe de voar em avião de carreira e reforce o efetivo de guarda-costas.

O único órgão de inteligência ligado ao Ministério da Justiça é a Polícia Federal, mas não foi elaborado nenhum relatório sobre ameaças à segurança de Janot – procedimento de praxe nesses casos. Tampouco o procurador solicitou, até a noite de quinta, reforço à Polícia Federal.

“Não sou uma pessoa assombrada. Mas alguns fatos concretos têm me levado a adotar algumas regras de contenção”, disse Janot. E citou como exemplo o arrombamento de sua casa no fim de janeiro passado, quando criminosos teriam ficado pelo menos oito minutos dentro de sua residência. “Tinha lá uma pistola .40 com três carregadores, máquina fotográfica e tudo quanto é coisa de valor. E a única coisa que foi levada foi o controle do portão”, revelou. “Daí para cá, tenho recebido relatórios de inteligência. E nos relatórios últimos, parece que aumentou um pouquinho o nível de risco. Por isso as precauções”, acrescentou.

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Na próxima semana, o procurador-geral da República deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista de políticos que devem ser investigados por denúncia de envolvimento no esquema de desvio de recursos da Petrobras, apurado por meio da Operação Lava Jato. Questionado se acredita que o risco que corre teria relação com o caso, Janot foi sucinto: “Não sei. Isso eu não posso dizer”.

Ele esteve em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para participar de ato em repúdio ao atentando sofrido pelo promotor Marcos Vinícius Ribeiro Cunha, atingido por três tiros no último dia 21 em Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, por causa de investigação que levou à cassação do mandato do ex-presidente da Câmara municipal Valdelei José de Oliveira.

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Janot confirmou que viajou para o município mineiro em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), evitando voo de carreira. Essa teria sido uma das recomendações feitas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em reunião não agendada previamente com o procurador-geral na quarta-feira. Segundo Janot, “com certeza” a reunião foi para falar sobre sua segurança.

Já Cardozo afirmou que foi pessoalmente até a Procuradoria-Geral discutir a criação de uma vice-procuradoria de combate à corrupção. O ministro disse ainda que a reunião já havia sido marcada há algum tempo para tratar de “medidas legislativas de combate à corrupção”.

(Com Estadão Conteúdo)

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