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Procurador eleitoral critica show em apoio a Marcelo Freixo

Maurício da Rocha Ribeiro afirma que apresentação de Caetano Veloso e Chico Buarque não pode ser anunciada como ato do PSOL e diz que Eduardo Paes cometeu abuso ao desfilar com a bandeira olímpica

Por Leslie Leitão 3 set 2012, 16h04

As estratégias de campanha dos candidatos mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais na corrida para a prefeitura do Rio estão na mira do Ministério Público Eleitoral. Para o procurador regional eleitoral do Rio, Maurício da Rocha Ribeiro, as aventuras olímpicas do prefeito Eduardo Paes (PMDB), que tenta a reeleição, e os eventos festivos do deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL, cruzam a linha do que é aceitável em uma campanha.

Rocha Ribeiro já irritou o prefeito, quando fez críticas à apresentação do jogador holandês Clarence Seedorf no Palácio da Cidade. A Justiça Eleitoral considerou que o prefeito não cometeu abuso. O alvo mais recente foi o candidato do PSOL, que tem apoio de um time de celebridades e vem usando na campanha imagens de artistas de peso. Uma agenda em especial preocupa o procurador: o show que vai juntar Caetano Veloso e Chico Buarque no próximo dia 11, no Teatro Oi Casa Grande. Os dois farão uma apresentação declarando apoio à campanha do segundo colocado nas pesquisas.

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Por decisão da Justiça Eleitoral, Marcelo Freixo não poderá estar presente. Ao site de VEJA, o candidato manifestou sua decepção. Para o procurador, no entanto, a medida deveria ser mais radical. Rocha Ribeiro afirmou que, além de Freixo não poder aparecer, o evento não deveria ser anunciado como show de apoio ao PSOL. “O show pode acontecer, mas não pode ser anunciado como um show para a campanha do candidato, porque isso caracteriza um showmício, que é proibido”, disse.

Paes – Rocha Ribeiro encaminhou para a promotora de fiscalização de propaganda do Ministério Público Estadual, Daniela Moreira Rocha, o material publicado a partir da chegada de Paes ao Rio, vindo de Londres com a bandeira olímpica. “Foi ridículo aquilo. Peguei tudo, inclusive o que ele ficou tuitando ao longo do fim de semana, quase dizendo que iria erradicar a fome no Rio de Janeiro, e enviei o material para a fiscalização. Foi uma situação tão escancarada que, no dia seguinte, quando a bandeira foi para o Complexo do Alemão, ele nem foi: colocou o Cabral (governador Sergio Cabral) para fazer campanha para ele”, disse.

Paes participou da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de 2012, no último dia 13 de agosto, recebeu a bandeira oficial das mãos do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, e percorreu áreas da cidade com o símbolo da Olimpíada. Foi também a Brasília, para uma cerimônia com a presidente Dilma Rousseff, na companhia de dois heróis olímpicos, os irmãos Esquiva e Yamaguchi Falcão, prata e bronze no boxe.

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Desde o mês passado, Paes e Rocha Ribeiro têm trocado farpas. O prefeito chegou a ameaçar denunciar o procurador ao Conselho Nacional do Ministério Público e o chamou de “atabalhoado” e “equivocado”, em razão das críticas que recebera depois da apresentação do jogador Seedorf e na inauguração de um conjunto de residências populares, na zona norte da capital.

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