Processo contra Sanchez e mais três cartolas do Corinthians chega ao STF
Quarteto de cartolas vai responder penalmente pela denúncia de sonegação de R$ 94 milhões em impostos; ministro Roberto Barroso vai julgar o caso
O processo movido pelo Ministério Público Federal contra quatro cartolas do Corinthians chegou nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde será julgado pelo ministro Roberto Barroso. A ação envolve o ex-presidente do clube e atual deputado federal Andrés Sanchez, o atual mandatário Roberto de Andrade, o vice André Negão e o ex-diretor financeiro Raul Corrêa. O quarteto é acusado de crimes contra o patrimônio e apropriação indébita previdenciária por não recolher impostos corretamente.
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O processo será julgado no Supremo porque Sanchez possui foro privilegiado por ser deputado. Barroso terá a missão de analisar a queixa de sonegação de 94,1 milhões de reais em impostos, conforme denúncia feita pelo MP no ano passado. O clube não teria quitado impostos referentes aos vencimentos de funcionários, empresas terceirizadas e prestadores de serviço.
Acordo – Na época, os dirigentes acabaram inocentados porque o Corinthians entrou em acordo com a Receita e pagou 15 milhões de reais à vista e parcelou os débitos restantes em 15 anos, com parcelas mensais de aproximadamente 450 mil reais. Ainda assim, Sanchez e os outros cartolas responderão penalmente pelas acusações. Em caso de condenação, há o risco de até dois anos de detenção, além de multa.
“Estamos cumprindo o acordo e pagamos religiosamente todo o mês o que foi acertado desde o ano passado. Não atrasamos nenhum dia. Por isso, me causa surpresa saber que o processo está agora no STF”, disse o diretor financeiro do Corinthians, Emerson Piovezan, ao jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Estadão Conteúdo e Gazeta Press)