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Com escolas fechadas, primeiro-ministro do Haiti visita Complexo do Alemão

Incursão ao morro acontece um dia depois de o tráfico de drogas ordenar o fechamento do comércio

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 Maio 2013, 21h11

Um dia depois de o comércio fechar as portas no Complexo do Alemão por ordens do tráfico, o chefe das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), coronel Paulo Henrique de Moraes, apresentou o conjunto de favelas ao primeiro-ministro do Haiti, Laurent Lamothe. O passeio desta sexta-feira não encontrou um Alemão totalmente reabilitado. O comércio relutou para reabrir no início da manhã. À tarde, comerciantes abriram as portas, mas não houve aula em duas escolas porque os alunos faltaram.

“Já tivemos momentos piores no Alemão. Mas a movimentação de fechar o comércio nos obriga a lidar com algo abstrato, que são os boatos. É o nosso desafio”, afirmou Paulo Henrique. A principal hipótese para as ordens do tráfico, na quinta, era a morte de um homem de 29 anos, identificado como Anderson Simplício de Mendonça, conhecido como “Orelha”. No entanto, segundo o coronel, o criminoso é “de terceira linha, sem nenhuma importância na estrutura do tráfico”.

“Também chegamos a ouvir que o traficante Pezão teria morrido no Paraguai, mas procuramos a Polícia Federal, e isso não se confirmou”, explica. O fato é que o fechamento do comércio não se deveu apenas a boatos. Homens passaram dando ordens para que os comerciantes baixassem as portas na quinta-feira. “Batemos na tecla de que não agiremos como o tráfico: não vou dar ordem para o comércio abrir ou fechar. Meu papel é dar condições para que ele abra. Mas não vou substituir uma ditadura por outra”, afirmou o coronel.

Até segunda-feira o Complexo do Alemão permanecerá com o número de policiais por plantão intensificado. Por turno, no Alemão, há 220 homens. Agora, a segurança foi reforçada por policiais de outras UPPs, e atuam, também por turno, 450 PMs. “Essas situações são decorrentes da nossa ação. Estamos mudando a cultura e os costumes. É normal que esperneie quem perde espaço”, disse Paulo Henrique, em referência aos traficantes.

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