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Primeira reação de Alckmin foi negar morte de filho caçula

Governador paulista recebeu notícia de acidente envolvendo o piloto profissional Thomaz Alckmin quando estava na estrada e prestes a decolar para São Paulo

Por Felipe Frazão 3 abr 2015, 16h41

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), estava na estrada nesta quinta-feira por volta das 19h30 quando recebeu a notícia de que seu filho caçula, Thomaz Alckmin, de 31 anos, era uma das cinco vítimas da queda de um helicóptero em Carapicuíba, na Região Metropolitana de São Paulo. Alckmin voltava de uma série de agendas públicas em cidades da região de Catanduva (Pirangi, Paraíso, Cândido Rodrigues e Araraquara) e mandou os quatro carros de sua comitiva pararem no acostamento da Rodovia Washington Luis, ao receber uma ligação de sua assessoria militar.

Segundo um dos integrantes da comitiva, que estava no carro com Alckmin, a primeira reação do governador foi negar a morte de Thomaz quando um ajudante de ordens telefonou com a trágica notícia. “Não é ele, não é o helicóptero dele”, disse o governador. Alckmin marejou os olhos. Em seguida, o tucano telefonou para o hangar de onde o helicóptero havia decolado para checar quem estava a bordo da aeronave modelo EC 155, prefixo PPLLS, foi fabricada pela Eurocopter. Naquele momento o governador recebeu a confirmação da lista.

Um integrante da assessoria militar de Alckmin chegou a ir ao Instituto Médico Legal, reconheceu tatuagens de Thomaz e voltou a avisar ao governador – mais tarde Alckmin iria até o lML fazer o reconhecimento oficial do corpo. As causas do acidente ainda estão sendo apuradas, mas desde a manhã desta sexta-feira os donos da aeronave suspeitam que uma pá das hélices tenha se desprendido e desestabilizado o helicóptero. A peça foi encontrada por peritos distante do local da queda.

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O prefeito de Catanduva, Geraldo Vinholi (PSDB), publicou um relato semelhante em sua rede social. “No carro estávamos ele, eu e o ajudante de ordens, quando este pediu para que o motorista parasse o carro, pois o coronel José Roberto, da Casa Militar, que estava no carro de trás precisava falar. O coronel entrou no carro e disse ‘sinto informar, senhor governador, que um helicóptero caiu em Alphaville e temos imagens de que o Thomaz embarcou nesse voo'”, escreveu o prefeito. “O governador discretamente chorou. A partir dai, muito equilibrado como sempre, tentando confirmar a notícia, ligou para várias pessoas, inclusive para o responsável pelo heliporto e começou a ligar para os familiares pedindo para virem a São Paulo.”

Ainda no carro, Alckmin estava abatido e chorava. “Ele se desesperou”, disse um de seus acompanhantes. Depois de estar ciente do acidente aéreo com Thomaz, Alckmin foi ao Aeroporto de Catanduva, de onde decolaria com assessores para São Paulo no avião do governo do Estado. Ele foi ao banheiro lavar o rosto e cumprimentou funcionários do aeroclube local. O voo saiu às 20h18.

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Mais cedo, por volta das 14h45, quando seu voo de ida aterrissou no Aeroporto de Catanduva, Alckmin parou para tomar um café, como costuma fazer em atividades de rua. Enquanto olhava um mural no aeroporto com fotos de formatura de pilotos, o governador “falou com orgulho” sobre Thomaz, que pilotava helicópteros profissionalmente, segundo relato do prefeito da cidade.

O Palácio dos Bandeirantes demorou a confirmar a morte de Thomaz para evitar que a primeira-dama, dona Lu Alckmin, soubesse do acidente pela imprensa. Alckmin queria dar a notícia à mulher pessoalmente e ela voltava de Campos do Jordão (SP). A informação já circulava entre jornalistas e havia sido confirmada por assessores de Alckmin ao site de VEJA. O Palácio dos Bandeirantes só emitiu nota oficial por volta das 23h20.

No velório, Alckmin voltou a chorar durante a missa de corpo presente rezada pelo bispo Dom Fernando Figueiredo, de Santo Amaro. Ele permaneceu na sala reservada para a família com a mulher e filho mais velho, Geraldo Alckmin Neto. “Ele está firme”, disse o vice-governador Márcio França (PSB). Outros políticos relataram que o governador estava “abatido e sentido”, assim como a primeira-dama, que não conseguiu ficar o tempo todo no local.

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