Presos apontam complô para impedir Carnaval de ter campeã
Tiago Farias e Cauê Ferreira afirmaram em depoimento que troca de jurados na quinta-feira levou dirigentes a fazer acordo para tumultuar apuração
Tiago Ciro Tadeu Farias e Cauê Santos Ferreira, presos nesta terça-feira na confusão que interrompeu a apuração do título do carnaval de São Paulo, afirmaram em depoimento que havia “um acordo de cavalheiros” para que nenhuma escola saísse campeã neste ano. Eles prestaram depoimento ao delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Delegacia de Turismo.
A troca de dois jurados, na última quinta-feira, um dia antes do início dos desfiles, motivou o combinado que envolveu treze escolas – apenas a “campeã”, que seria beneficiada pela troca, não participou do acordo, na versão dos presos. Eles não disseram qual seria essa escola. A Mocidade Alegre estava na frente, muito próxima do título, quando a leitura dos votos foi interrompida.
Pouco antes da confusão tomar todo o sambódromo, com a invasão do palco e o roubo dos votos, Darci Silva, o Neguitão, presidente da Vai-Vai, começou a incitar membros da própria escola, da Casa Verde, da Gaviões e da Camisa Verde e Branca: “Tá tudo vendidinho, tá tudo vendidinho”, gritava, em alusão aos jurados.
Nesta sexta-feira, pouco antes do início da apresentação da escola que preside, Silva já havia levantado suspeita sobre a substituição: “Houve uma troca de jurados na calada da noite, mas já que a Liga (das Escolas de Samba de São Paulo) resolveu, nós vamos para o pau”, disse.
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(com Agência Estado)