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Presidenciáveis reforçam caça aos votos no interior de SP

Marina Silva se encontrou com usineiros em Sertãozinho. No sábado, Dilma e Aécio têm agendas entre um eleitorado tradicionalmente resistente ao PT

Por Bruna Fasano 29 ago 2014, 08h27

Desde o início da campanha eleitoral, em 6 de julho, São Paulo é um dos principais pontos de peregrinação dos presidenciáveis. Não à toa: o Estado, com 31,9 milhões de eleitores, é o maior colégio eleitoral do país. E decisivo para o pleito nacional. A 38 dias das eleições, a força dos números resultou em uma peregrinação dos três principais postulantes ao Planalto pelo interior paulista. Na quinta-feira, Marina Silva (PSB) afagou o agronegócio em Sertãozinho. Neste sábado, será a vez de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) investirem nos 22,8 milhões de votos que estão fora da capital paulista.

Vista com desconfiança pelos representantes do agronegócio, Marina Silva participou, nesta quinta, da Fenasucro, feira internacional de tecnologia sucroenergética. Durante sua fala, a ex-senadora aproveitou para criticar o abandono do setor pelo governo federal. Enfatizou a importância dos investimentos no etanol para que o país tenha uma matriz energética mais limpa e mencionou a destinação de 10% do PIB para a educação como uma das prioridades. Nesta sexta, participa de um jantar em São Paulo com quarenta empresários do ramo a convite do presidente do Datagro (consultoria de etanol e açúcar), Plínio Nastari.

Quem também tem a missão de driblar a rejeição é a presidente-candidata Dilma Rousseff: São Paulo é tradicionalmente resistente ao PT, sobretudo no interior. Em 2010, José Serra (PSDB) venceu Dilma no Estado no primeiro turno por uma margem superior a 780.000 votos. Neste ano, Dilma amarga 47% de rejeição entre os paulistas. Para tentar amenizar esse quadro, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) promove no sábado um comício com Dilma na cidade de Jales, a 544 quilômetros da capital. Com o comando de 88 cidades paulistas, o PMDB pretende reforçar o apoio de prefeitos e correligionários à petista. A tarefa, porém, não deve ser fácil: na última eleição, o PSDB venceu em Jales no primeiro turno com 46,46% dos votos, contra 35,29% do PT – e a cidade também foi palco de ato político com Dilma e Temer. Neste sábado, o encontro promete reunir 3.000 pessoas. Um peemedebista, contudo, é dúvida: o postulante do partido ao Palácio dos Bandeirantes, Paulo Skaf, já foi até retirado do convite para o evento. Disse que se esforçará para “dar uma passadinha” no comício. Contra ordens do partido, Skaf tem resistido a associar-se a Dilma, justamente por temer a rejeição da presidente.

Já Aécio reforça sua presença na base eleitoral tucana – justamente na semana em que Marina ascendeu ao segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos. A seu lado, estará o governador Geraldo Alckmin, um cabo eleitoral com 50% das intenções de voto e natural de Pindamonhangaba, cidade do interior da qual foi prefeito entre 1976 e 1982. Aécio fará neste sábado uma dobradinha entre as cidades de São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. Em 2010, o PSDB venceu nessas cidades com 48,27% e 44,59% dos votos, respectivamente. Em Rio Preto, acompanhado por seu vice, o senador Aloysio Nunes Ferreira, Aécio visitará unidades da Santa Casa. Já em Ribeirão, contará com a companhia do presidente estadual do PSDB, o deputado Duarte Nogueira, cujo pai foi prefeito da cidade por duas vezes, para fazer corpo a corpo com eleitores.

Como parte da estratégia para chegar ao segundo turno, o senador mineiro aposta no potencial de transferência de votos de Alckmin – e no histórico bom desempenho do PSDB no Estado – para alavancar o próprio desempenho. Na noite de quinta, ele esteve em Campinas ao lado do prefeito da cidade, Jonas Donizette, do PSB, aliado de Marina. Eles participaram do lançamento da candidatura à reeleição do deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). PSB e PSDB têm aliança em São Paulo – o candidato a vice na chapa de Alckmin é o socialista Márcio França.

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