Prefeitura de São Paulo instala espelho em ponto cego de ciclovia do Minhocão

Idoso morreu atropelado por ciclista enquanto tentava atravessar a rua na semana passada

Por Da Redação
28 ago 2015, 10h09

Ciclista pedala na avenida Amaral Gurgel, sob o Minhocão, na região central de São Paulo (Ernesto Rodrigues/Folhapress)

Depois de um idoso ter morrido atropelado por um ciclista na ciclovia do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, a prefeitura de São Paulo começou a pintar faixas de sinalização no piso da pista e a instalar espelhos em cada um dos lados das pilastras, para que as pessoas vejam quem está vindo atrás das estruturas. A medida visa a evitar os pontos cegos da ciclofaixa, cuja reforma na parte debaixo do Minhocão custou 7,6 milhões de reais aos cofres públicos.

Antes mesmo de a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) inaugurar a pista, o órgão precisou fazer adequações que não estavam previstas, como grades de proteção para passageiros do transporte público perto dos pontos de ônibus. Isso porque pedestres e ciclistas entravam em conflito nos pontos de embarque e desembarque. O prefeito Fernando Haddad chegou a dizer que os dois saberiam “se resolver”. A inauguração oficial foi no dia 8 de agosto.

Ao longo dos 3,5 quilômetros de faixas para bicicletas há seis pontos de parada, 31 pilastras e diversas bifurcações nas vias vermelhas que colocam uma bicicleta de frente para outra ou apontadas diretamente para os passageiros nos pontos de ônibus.

Dez dias após a abertura da via para ciclistas, a morte de um idoso de 78 anos reacendeu a discussão sobre a ciclovia do Minhocão. O zelador Florisvalo Carvalho Rocha foi atropelado e morto. Segundo as investigações da polícia, o pedestre atravessou fora da faixa, enquanto o ciclista trafegava pela pista do corredor de ônibus.

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(Com Estadão Conteúdo)