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Prefeito de Maricá é declarado inelegível por oito anos

Aliado de José Dirceu, Washington Quaquá distribuiu cerca de 14 mil notebooks aos alunos da rede municipal. Medida foi considerada tentativa de se beneficiar nas eleições

Por Da Redação
28 jun 2012, 20h32

O prefeito de Maricá, no estado do Rio, Washington Siqueira, o Quaquá, foi declarado inelegível por oito anos por ter distribuído aproximadamente 14 mil notebooks aos alunos da rede municipal de ensino, no ano passado. Numa Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) ajuizada pelo Ministério Público do estado do Rio, a Promotoria Eleitoral de Maricá alega que o prefeito buscou, “em evidente desvio de finalidade”, beneficiar-se eleitoralmente no pleito deste ano, em que será candidato à reeleição.

“Para isso, distribuiu a maioria dos notebooks no Dia das Crianças de 2011, 12 de outubro, fazendo com o que os pais ou responsáveis assinassem um contrato de comodato por um ano, que poderia ser renovado ou não a critério do município, no seu vencimento, ou seja, em 12 de outubro de 2012. A mensagem subliminar é evidente: se o prefeito for reeleito, aquela criança, que talvez jamais pudesse comprar um notebook, poderá continuar com o aparelho. Caso contrário, não se sabe”, explicou o titular da 55ª Promotoria Eleitoral, promotor de justiça Sérgio Luís Lopes Pereira.

A intensa propaganda feita com a distribuição dos notebooks, vinculando o benefício diretamente à figura do prefeito, também foi citada na ação. A prefeitura espalhou milhares de cartazes de seus feitos pelo município – em alguns bairros, inclusive, intervalados a cada dois postes. A sentença da juíza da 55ª Zona Eleitoral, Juliane Guimarães, determina ainda a cassação de eventual registro da candidatura ou do diploma do político (no caso de ele vencer as eleições).

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Quaquá administra desde 2009 um município com 130 mil habitantes, localizado a 60 quilômetros do Rio de Janeiro e abençoado pelos royalties do petróleo – incluindo, o pré-sal. Reportagem de VEJA mostrou como o aumento na receita evaporou durante a gestão do petista, alvo de inúmeros processos e inquéritos por suspeita de corrupção.

Se o petróleo colocou Maricá no mapa, o pré-sal alçou o município a um novo patamar no cenário político nacional. Nos cálculos mais otimistas, a expectativa é de que os cofres maricaenses sejam premiados com até 1 bilhão de reais nos próximos anos. As boas novas é, claro, atraíram atenção e interesse de gente como o do cacique petista José Dirceu, que visitou a cidade pelo menos duas vezes desde a posse do prefeito Quaquá. A sombra de Dirceu também se faz sentir através da presença de asseclas indicados por ele para cargos na administração municipal. O principal deles Marcelo Sereno, que foi assessor de Dirceu na Casa Civil.

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