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PR retoma os Transportes: César Borges é o novo ministro

Menos de dois anos após tirar do partido o comando da pasta por corrupção, presidente Dilma Rousseff deixa a lógica eleitoral falar mais alto e recua

Por Gabriel Castro, Laryssa Borges e Marcela Mattos
1 abr 2013, 19h25

O ex-senador César Borges, do PR da Bahia, é o novo ministro dos Transportes. Ele ocupava a vice-presidência de Governo do Banco do Brasil e assumirá o lugar de Paulo Sérgio Passos à frente da pasta. Com orçamento de 21,4 bilhões de reais, o ministério é um dos mais cobiçados do governo.

A escolha foi articulada pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff, que acertou o nome durante o final de semana com o presidente do PR, Alfredo Nascimento – o mesmo que Dilma demitiu em 2011. O nome de Borges foi confirmado pelo Palácio do Planalto: “A presidente desejou boa sorte a César Borges, manifestando confiança de que, à frente do Ministério dos Transportes, ele dará continuidade aos projetos essenciais ao desenvolvimento do país com a mesma eficiência que demonstrou no Banco do Brasil”.

Com o convite a Borges, Dilma devolve o ministério ao PR que ela baniu depois que VEJA revelou a existência de um amplo esquema de corrupção na pasta. Na época, a presidente fez uma “faxina” que derrubou a cúpula da pasta. Agora, de olho nas eleições de 2014, a presidente não quis correr o risco de perder o apoio do PR – que já ensaiou adotar uma posição de independência em relação ao governo.

O Ministério dos Transportes, cujas obras têm forte potencial eleitoral, é ocupado pelo técnico Paulo Sérgio Passos, que, embora filiado ao PR, é considerado da “cota pessoal” da presidente. Lideranças da legenda rejeitaram a primeira oferta de o partido ser contemplado apenas com cargos de segundo escalão, em detrimento do controle do ministério. Elas negociavam desde a nomeação de Passos o retorno de um ministro com perfil político.

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Embora nem toda a bancada do PR tivesse sido consultada sobre o nome do novo ministro, o líder da agremiação na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), minimizou o risco de um novo racha no PR. “Nunca tivemos veto a nenhum nome. Borges teve excelente trabalho à frente do BB e foi excelente governador. Não tem como criar um racha”, afirmou ele.

Histórico – Formado em engenharia civil, César Borges, de 64 anos, é empresário e integra o time dos ex-adversários do PT. Ligado a Antônio Carlos Magalhães, ele fez carreira no PFL, partido ao qual era filiado quando se elegeu governador da Bahia em 1998. Em 2007, após a morte de ACM, Borges filiou-se ao PR e aderiu à base de apoio ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2010, Borges perdeu a eleição para o Senado; acabou recebendo a vice-presidência de Governo do Banco do Brasil como uma espécie de prêmio de consolação.

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