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PR acusa aliados de Cabral de infiltrar espião no partido

Legenda contra-ataca após ser apontada como financiadora de manifestantes no Rio de Janeiro

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
12 nov 2013, 18h33

Com integrantes investigados por financiar a participação de manifestantes profissionais nos protestos do Rio de Janeiro, o PR preparou um contra-ataque nesta terça-feira. O vice-presidente da legenda no Rio, deputado estadual Geraldo Pudim, acusou aliados do governador Sérgio Cabral de tentar infiltrar um espião na estrutura do partido para ligar o PR aos atos de vandalismo nos fins das manifestações.

“Fui procurado, há dez dias, por um homem que disse ter sido contratado por dois deputados da base do governo para se infiltrar no PR. Ele disse que estava arrependido porque estava sendo tratado como um cachorro. Na hora, não ouvi. Depois, pedi que um dos meus assessores fosse procurá-lo, mas ele tinha desaparecido. Esse homem foi contratado para destruir o PR, para colar a imagem do Garotinho (pré-candidato ao governo do Rio) nesse quebra-quebra promovido no fim das manifestações”, acusou Pudim, que diz não saber os nomes dos deputados.

O espião, segundo a versão de Pudim, é Anderson Harry Grutzmacher, um autônomo que diz ter tomado a decisão de se infiltrar no PR para revelar os bastidores das manifestações que, desde junho, tomam as ruas da cidade. Grutzmacher tem uma série de gravações de conversas com integrantes do partido – entregues ao jornal O Globo e à Polícia Civil. Em uma delas, Grutzmacher propõe a Fernando Peregrino, secretário-geral do PR, que a legenda patrocine uma ocupação na casa do senador e ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh Farias (PT).

Sob o argumento de que “Cabral já está morto”, Anderson alerta, segundo O Globo, para o crescimento do petista, pré-candidato ao governo do Rio, que deverá disputar com Luiz Fernando Pezão (PMDB) e com o deputado Anthony Garotinho (PR). “Trata-se de um ataque ao PR que tem o objetivo claro de atingir a candidatura de Anthony Garotinho ao governo do Rio”, afirmou Pudim. “Esse homem se infiltrou no PR para induzir, para incitar o partido ao crime, para gravar (conversas), para pegar flagrante”, acrescentou o vice-presidente da legenda.

Leia também:

Polícia investiga contratação de ‘manifestantes profissionais’ pelo PR

Um dos integrantes do PR investigados pela Coordenadoria de Informações e Inteligência (Cinpol) e pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) é Sebastião Rodrigues Machado Júnior, o Nayt. A polícia apura informações de que ele agia nos bastidores dos protestos, recrutando manifestantes profissionais em outros estados. Um dos recrutados seria Jair Seixas Rodrigues, o Baiano, 37 anos. Figura fácil nos protestos, Baiano foi preso sete vezes desde julho durante as manifestações por crimes como depredação de patrimônio público e agressão.

Racismo – Nayt, segundo Pudim, é um dos vice-presidentes do PR no Rio. O deputado se recusou, no entanto, a confirmar se o investigado está lotado em seu gabinete. Ao tentar defender o amigo da legenda, Pudim se expressou de forma desastrosa e racista: “Não tem nada que macule a imagem do Nayt. É uma pessoa honesta. É um negro, mas é um negro firme, que não pode ser achincalhado”.

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