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Sabesp estuda realizar operação histórica para garantir água em SP

Tratamento de água, chuvas artificiais e uso de reserva emergencial do manancial são medidas adotadas para amenizar situação crítica

Por Da Redação
12 fev 2014, 10h51

O comitê anticrise criado com o objetivo de evitar racionamento nas cidades abastecidas pelo Sistema Cantareira vai apresentar laudos sobre a “vida útil” do sistema em reunião nesta quarta-feira. Será com base nesses resultados que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidirá se haverá ou não racionamento de água.

Além dos laudos, o grupo formado pela Agência Nacional de Águas (ANA), pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), pela Sabesp, e pelos comitês das bacias do Alto Tietê e dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) deve propor que prefeituras adotem medidas para coibir o desperdício de água. Entre elas, estão multas por desperdício e a cobrança para que entidades representantes das indústrias e os grandes produtores rurais estimulem o uso racional da água.

O grupo vai avaliar também a possibilidade de recorrer ao chamado “volume morto” – parcela das represas utilizada somente em situações emergenciais – do manancial, que tem cerca de 200 bilhões de litros. Caso seja necessário recorrer a essa reserva, além de bombas de sucção serem indispensáveis para a retirada da água, será preciso um tratamento para que sedimentos acumulados no fundo da represa sejam removidos e a água se torne própria para o consumo.

Caso a Sabesp recorra à medida, a operação será complexa porque nunca foi realizada pela empresa. Além do mais, se a reserva profunda for utilizada, o sistema poderá levar até dez anos para voltar aos níveis normais.

Mesmo alarmados com níveis críticos atingidos pelo sistema – nesta quarta-feira, o Cantareira opera 19,1% da capacidade, o menor nível da história -, a maior preocupação dos órgãos que gerenciam os recursos hídricos não é com o abastecimento atual, mas se haverá água suficiente para o período de estiagem, no meio do ano.

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Por isso, o comitê anticrise irá incentivar outras concessionárias de abastecimento da Grande São Paulo a adotarem medidas para economizar água. Além disso, como as empresas não podem multar quem desperdiça água, será discutido também o estímulo para que as prefeituras aprovem leis que impeçam abusos.

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Chuva artificial – Diante da atual situação do sistema, a Sabesp decidiu gastar 4,47 milhões de reais por um serviço de indução de chuvas artificiais no Cantareira pelos próximos dois anos. Entretanto, até a última sexta-feira, dos cinco voos feitos pela empresa Modclima na região de Bragança Paulista, apenas dois resultaram em precipitações, que não acumularam quantidade suficiente para elevar o nível do sistema.

Nesta terça-feira, o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Edson Giriboni, disse que está em curso a licitação para construir mais duas barragens na região de Piracicaba – em Pedreira e Duas Pontes – com capacidade para até 75 bilhões de litros.

Vazamentos – A Sabesp se comprometeu a reparar vazamentos em até dois dias após a denúncia ser realizada, segundo informou o programa Bom Dia São Paulo, da TV Globo. Muitos casos de vazamento são registrados e demoram a ser atendidos ou até mesmo não são resolvidos. Em vista disso, a Sabesp afirma ter investido 400 milhões de reais em 2013 para evitar perdas significativas, que chegam a afetar 24% do sistema. Contudo, a aplicação de dinheiro não resolveu alguns casos. Há relatos de vazamentos na rede pública que demoram até um mês para serem resolvidos.

(Com Estadão Conteúdo)

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