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Por que Bezerra tanto se preocupa com Pernambuco

Ministro da Integração Nacional beneficiou estado em repasses de verbas para prevenção de desastres. Os planos dele para 2014: ser eleito governador de PE

Por Luciana Marques
4 jan 2012, 19h26

Não foi sem propósito que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, privilegiou o estado de Pernambuco na liberação de recursos para ações de prevenção de desastres. Apesar de dizer que “qualquer brasileiro” o faria em seu lugar, não é qualquer um que tem as pretensões políticas do ministro. Inicialmente, Bezerra sinalizou que disputaria a prefeitura do Recife pelo PSB este ano. Até trocou o domicílio eleitoral de Petrolina para Recife, a fim de cumprir exigência da legislação eleitoral caso saísse de fato candidato.

Para concorrer, no entanto, teria que comprar briga com o atual prefeito da capital, o petista João da Costa, que pretende disputar a reeleição, apesar de ser mal avaliado pelos recifenses em pesquisas locais. Nem o PT está unido em torno do nome do prefeito e outros postulantes são cogitados para a candidatura, como o ex-prefeito João Paulo Lima, o senador Humberto Costa e o secretário do Governo de Pernambuco, Maurício Rands.

Para evitar a queda de braço com o PT, tanto Bezerra, quanto o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, decidiram baixar o tom. Agora, dizem que o PSB só deve decidir se lançará candidatura para prefeitura do Recife depois que o PT bater martelo sobre o assunto, o que deve ocorrer em fevereiro.

O recuo de Campos, padrinho político do ministro, tem motivo. Ele negocia com o PT a aliança entre os partidos nas eleições de 2014. Em outras palavras, quer abrir mão da prefeitura da capital para que o PSB continue no comando do governo do estado, com apoio do PT. O nome mais forte para substituir Campos é justamente o do ministro Fernando Bezerra.

Outro nome também cogitado pela legenda é o do Secretário das Cidades do estado, Danilo Cabral. A avaliação, porém, é que ele tem menos experiência política do que o ministro. Bezerra foi prefeito de Petrolina por três mandatos, deputado estadual e federal e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco antes de comandar a pasta da Integração Nacional.

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Outro motivo que levou a cúpula do PSB a mudar de posição foi o receio de perder o Ministério da Integração, se comprasse a briga com o PT. “Eduardo Campos não quer perder o ministério e fez essa jogada”, diz um petista da região. Ele disse ainda que, por enquanto, não há nenhum acordo do PT com o PSB para as eleições de 2014.

Desconforto – O governador também resolveu baixar a guarda depois que conversas de petistas insatisfeitos com sua atuação vazaram na imprensa local. Eles teriam dito que Eduardo Campos estava tentando impor suas posições para conquistar mais espaço para o PSB. Teriam lembrado ainda que a mãe do governador, Ana Arraes, conseguiu ocupar uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU), graças a sua força política. Para evitar maiores conflitos com os petistas, Campos e Bezerra amenizaram o discurso. Assim como ocorreu com as verbas destinadas prioritariamente a Pernambuco, a decisão não está dissociada de intenções políticas.

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