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Com fiança de R$ 2 mi, doleiro da Lava-Jato deixa a cadeia

Raul Henrique Srour integrava grupo de Alberto Youssef, segundo o MP. Ele deverá entregar o passaporte

Por Da Redação
26 jun 2014, 08h14

Um dos doleiros presos na operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) foi solto pela Justiça mediante pagamento de 2 milhões de reais, informa nesta quinta-feira o jornal O Estado de S. Paulo. Raul Henrique Srour, segundo acusação do Ministério Público do Paraná, integra o bando formado pelo também doleiro Alberto Youssef, acusado de chefiar o esquema, e liderava o grupo que fraudava identidades para realizar operações no mercado negro de câmbio. A liberdade havia sido concedida no início desta semana pelo juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, mediante fiança de 7,2 milhões de reais. De acordo com a publicação, a Justiça reduziu o valor do caução e Srour já depositou 200.000 reais. O restante será pago em dezoito parcelas de 100.000 reais.

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Ao estipular liberdade sob fiança a Srour, Moro impôs restrições ao acusado: ele não poderá mudar de endereço sem autorização da Justiça, deixar a cidade de origem por mais de vinte dias, e deve entregar o passaporte. O doleiro também está proibido de manter contato com Youssef. Srour está ainda impedido de seguir no comando da Districash, empresa que usou contas em nome de laranjas na movimentação financeira na área de câmbio. O juiz estabeleceu, de acordo com a publicação, que o doleiro tem trinta dias para “contratar profissional e gestor com reputação ilibada e idônea para substituí-lo na gestão da empresa, informando a Justiça”.

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Srour estava preso preventivamente desde 17 de março. O juiz Moro decidiu substituir a prisão por outras medidas cautelares, entre elas a fiança. Segundo O Estado de S. Paulo, o magistrado afirma em seu parecer que a imposição de fiança é imprescindível. “O próprio acusado revelou que já esteve foragido, durante a Operação Farol da Colina da PF, utilizando identidade falsa. A fiança, embora não possa assegurar em sua plenitude a aplicação da lei penal, servirá para vinculá-lo ao processo, visto que nova fuga levará à perda da caução”. E advertiu o doleiro: “O descumprimento das medidas cautelares poderá ensejar na renovação da prisão cautelar”.

A Lava-Jato foi deflagrada em março deste ano pela PF e identificou um esquema complexo de lavagem de dinheiro e evasão de divisas operado por quatro doleiros, que movimentou cerca de 10 bilhões de reais. O cabeça do esquema era o doleiro Alberto Youssef. As investigações revelaram que empresas-fantasma controladas por Youssef recebiam em suas contas inexplicáveis depósitos milionários de algumas das mais importantes empreiteiras do país. O dinheiro que entrava através de contratos simulados de consultoria saía sob a forma de repasses a políticos e partidos – os mesmos políticos e partidos que indicavam os apadrinhados que contratavam as empreiteiras pagadoras.

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