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Procuradoria arquiva investigação contra Serra por falta de provas

Cúpula do MP descarta envolvimento do tucano no esquema que fraudou licitações em São Paulo, segundo jornal

Por Da Redação
18 jun 2014, 08h59

A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo arquivou, por falta de provas, a investigação que apurava se houve envolvimento do ex-governador José Serra (PSDB) no esquema que fraudou licitações de trens e metrô em São Paulo. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo em reportagem desta quarta-feira. A cúpula do Ministério Público do Estado descartou qualquer participação de Serra no esquema para sagrar a espanhola CAF vencedora de licitação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Uma perícia do MP já havia descartado participação de Serra no cartel. O estudo realizado pelo setor técnico da Promotoria apontou que um dos cinco projetos paulistas denunciados pela empresa Siemens, firmado nos anos de 2007 a 2010, durante a gestão do tucano, não aponta indícios de superfaturamento ou formação de cartel.

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Para os peritos do MP, as empresas Siemens, Alstom, Hyundai-Rotem e Mitsui teriam feito um acordo entre elas, mas não conseguiram fraudar a licitação por causa da participação da fabricante espanhola. A análise pericial fortalece a versão de Serra, em que o ex-governador aponta que atuou contra o cartel nesta licitação.

“Passados mais de cinco anos desde a instauração do inquérito civil pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social não foram até o momento identificados indícios de envolvimento do ex-governador José Serra na prática de atos de improbidade administrativa relacionados ao Projeto Boa Viagem”, afirma em seu despacho o procurador-geral Márcio Fernando Elias Rosa.

O despacho cita depoimento do ex-diretor da Siemens Nelson Branco Marchetti, que afirmou à Polícia Federal ter se reunido com Serra em 2008, na Holanda. Segundo Marchetti, o ex-governador afirmou que, caso a Siemens conseguisse desclassificar a CAF na Justiça, iria cancelar a concorrência porque o preço da alemã era 15% maior. O procurador-geral Elias Rosa acredita que o relato não levanta suspeitas contra Serra. Pelo contrário, “revela a justa preocupação do chefe do Executivo em relação aos prejuízos que poderiam advir ao Estado caso a proposta vencedora do certame, apresentada pela empresa CAF, fosse desqualificada em virtude de medidas judiciais intentadas pela Siemens”.

Ainda segundo a publicação, o pedido de arquivamento foi encaminhado na semana passada ao Conselho Superior do Ministério Público, colegiado da instituição que tem poderes para homologar ou rejeitar a medida.

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