Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Policiais detidos em operação tinham ligação com o PCC

Sete policiais civis já foram presos acusados de crimes como corrupção e extorsão; eles também avisavam traficantes de operações da polícia

Por Felipe Frazão 15 jul 2013, 17h18

Os policiais do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) presos em uma operação na manhã desta segunda-feira, em São Paulo, têm ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo o Ministério Público. Sete policiais foram presos em ação realizada em conjunto com a Corregedoria da Polícia Civil. Outros seis são procurados pela polícia. O MP afirma que o grupo acusado de crimes como extorsão, corrupção e tortura é ainda maior.

“O Ministério Público tem convicção de que há vários outros policiais envolvidos”, afirmou o promotor Amauri Silveira Filho, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Campinas, em coletiva de imprensa realizada nesta tarde.

Outra parte da operação busca os traficantes do PCC que atuam em Campinas e na capital, para os quais os policiais agiam. Um deles já foi preso na região de Ribeirão Preto. Ele seria sócio de Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho. Líder do tráfico em Campinas, Andinho está preso desde 2002 em Presidente Venceslau, mas manteve contato por celular com comparsas.

A operação começou em outubro do ano passado com foco na quadrilha de traficantes. Por meio de interceptações telefônicas, inclusive de ligações de Andinho, descobriu-se a ligação dessa célula do PCC com policiais do Denarc.

Parceria – Segundo o promotor, os policiais mantinham “contato nefasto” com bandidos e vazavam informações sobre operações da polícia contra o tráfico. Eles atrapalhavam as investigações forjando provas e constrangendo testemunhas e vítimas, explicou Silveira Filho.

Continua após a publicidade

A investigação aponta que policiais extorquiam de 200 000 a 300 000 reais ao ano de traficantes. Dos treze envolvidos, seis ainda estão sendo procurados. Dos presos, há dois delegados e três investigadores ou escrivães do Denarc da capital, além de dois investigadores de Campinas.

O diretor técnico do Serviço de Investigação do Denarc, Clemente Castilhone, está entre os presos por suspeita de vazamento de informação – o que ainda não foi confirmado, segundo a Corregedoria.

Ao todo, a Justiça expediu treze mandados de prisão contra policiais do Denarc e três mandados de busca e apreensão. O delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazeck, informou que o Denarc (montado há 25 anos e com 400 policiais) passará por uma reestruturação depois da operação.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.