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Polícia de Minas Gerais recebe nova pista sobre local do corpo de Eliza Samudio

Carta enviada para mãe da jovem indicaria poço artesiano onde estaria o cadáver. No manuscrito, ocultação é atribuída ao ex-policial Marcos Aparecido dos Santos

Por Andréa Silva, de Belo Horizonte (MG)
21 jun 2012, 16h45

“Pouco antes de eu ser informada que a Eliza havia sido sequestrada e assassinada em Minas Gerais, em maio de 2010, eu sonhei que mataram a Eliza e que haviam jogado o corpo jogado em um local parecido com essa descrição”, disse Sônia

Uma carta anônima, indicando o local onde possivelmente estariam os restos mortais de Eliza Samudio, foi entregue à mãe da jovem, a sitiante Sônia Fátima Moura, 44 anos. Quando recebeu a carta, Sônia participava ontem de um programa de TV em Belo Horizonte. O manuscrito afirma que Eliza, depois de morta, foi jogada pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em um poço artesiano, em uma área de reserva florestal do Bairro Planalto, Região da Pampulha, na capital mineira. O advogado de Sônia, José Arteiro Cavalcante Lima, que também atuou na acusação nas audiências de instrução e julgamento do goleiro Bruno e dos noves acusados de participação do sequestro e morte de Eliza, não informou detalhes do texto, mas afirmou que vai repassar o documento à Polícia Civil e ao Ministério Público para que sejam feitas buscas no local da denúncia.

Sônia diz ter entrado em choque ao saber das informações sobre o local onde estaria o corpo. “Pouco antes de eu ser informada que a Eliza havia sido sequestrada e assassinada em Minas Gerais, em maio de 2010, eu sonhei que mataram a Eliza e que haviam jogado o corpo jogado em um local parecido com essa descrição”, disse.

Durante as investigações da Polícia Civil sobre o desaparecimento do corpo de Eliza, os investigadores vasculharam a mata no sítio do goleiro, em Esmeraldas, uma lagoa em Ribeirão das Neves, uma mata na divisa de Ribeirão das Neves e Contagem, e no Parque Lagoa do Nado, no Planalto. As buscas no parque foram feitas porque o rastreamento do celular de Bola indicou que na noite do dia 9 de junho, suposta data da morte da jovem, ele esteve na região.

Embora o corpo de Eliza Samuido não tenha sido encontrado, Sônia disse ter certeza de que houve o crime. “Eu não tenho dúvida de que eles mataram a minha filha. Eu quero encontrar os restos mortais dela para ter o direito de me despedir”. Para Sônia, o plano de morte da filha, não foi só obra do Bruno. Ela diz que o jogador foi influenciado e pressionado, não só pelo amigo e braço direito, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, mas também pela ex-mulher dele, Dayanne dos Santos, com quem tem duas filhas, de 4 e 6 anos.

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Sônia acredita que Dayanne arquitetou tudo por ódio. Para ela, isso se agravou depois que Eliza teve um menino – um desejo de Bruno, que não tinha filhos homens. Essa é também a tese do advogado de Sônia, José Arteiro. “Não tem inocente nesta história. A jogada dos advogados de defesa é colocar toda a culpa no Macarrão, para que o Bruno consiga sua liberdade, volte a jogar futebol e assuma as despesas de seus comparsas. Mas eu acredito que a Dayanne ajudou a planejar tudo”, disse Arteiro.

Defesa – Para Francisco de Assis Simim, que trabalha na defesa de Dayanne e Bruno, há uma tentativa de denegrir a imagem de sua cliente. Ele afirma que cogita entrar com processo de calúnia e difamação. Segundo Simim, a família de Eliza está usando o fato de a ex-mulher ter tido uma filho recentemente para mudar o rumo do caso, e fazer da jovem uma vilã. “Eles chegaram a dizer que o filho que a Dayanne teve recentemente é do Bruno. Não vamos entrar nos detalhes, porque trata-se de um assunto pessoal, mas a menina, que está com seis meses, é filha do namorado dela e não do Bruno, como estão espalhando”, afirmou Simim.

Procurado pela reportagem do site de VEJA, o delegado Wagner Pinto, que assumiu o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que ainda não recebeu a carta, mas afirmou que pretende analisar o conteúdo para saber se as informações são relevantes para que seja feita uma busca no local indicado pelo denunciante. “O caso sobre a morte de Elisa Samudio está encerrado. Não encontramos o corpo, mas juntamos provas suficientes para indiciar os nove acusados. Mesmo assim, todas as informações que recebemos sobre possíveis lugares onde o corpo da vítima pode estar é analisada”, informou Wagner Pinto.

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