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Polícia prende médica acusada de contratar falso pediatra no Rio de Janeiro

Por Da Redação
14 ago 2010, 14h31

A polícia do Rio prendeu, na manhã desde sábado, a médica suspeita de ter contratado o falso pediatra que atendeu e liberou uma menina de 5 anos que sofria de convulsões e pode ter sido vítima de maus-tratos. Joanna Cardoso Marcenal Marins morreu na sexta-feira, depois de ter ficado internada em coma por 26 dias em uma outra clínica da cidade.

Sarita Fernandes Pereira é coordenadora de Pediatria do Hospital RioMar, na zona oeste da cidade, onde a menina foi atendida por Alex Sandro da Cunha Silva, de 33 anos, estudante do 5º período de Medicina da faculdade Unigranrio, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A polícia ainda procura o falso médico, que teve a prisão temporária decretada pela Justiça e é considerado foragido.

A Polícia informou que o medicamento receitado pode causar dependência e o estudante atuava com documentos falsos. A coordenadora e Alex foram indiciados por tráfico de drogas (pelo uso de substância que pode causar dependência química), falsidade ideológica, falsidade material e exercício irregular de medicina. As penas podem chegar a 30 anos de prisão.

“Segundo o depoimento do falso médico, ela (Sarita) é a grande responsável por todo o fato: ela o contratou, ela entregou o carimbo com o registro falsificado e ela era a coordenadora de todo o esquema”, afirmou o delegado Luis Henrique Marques Pereira. O coordenador de emergência da unidade também confirmou a informação. Agora, a direção do hospital estuda processar a médica, que trabalhava no local há 5 anos.

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Ainda assim, a médica suspeita de ter contratado Alex nega as acusações. “Eu acredito na Justiça, eu acredito na minha advogada e eu sei que isso tudo vai acabar bem”, disse Sarita.

Joanna havia sido internada no RioMar sofrendo convulsões, com hematomas nas pernas e marcas de queimaduras nas nádegas e no tórax. Segundo a polícia, o estudante teria receitado um medicamento anticonvulsivo e liberado a criança, no dia 17 de julho, apesar de ela ainda estar desacordada. Além do RioMar, Joanna passou ainda pelo Hospital das Clínicas de Jacarepaguá, também localizado na zona oeste, antes de ser internada em coma na clínica Amiu, na zona sul, no dia 19 de julho.

A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) investiga tanto a atuação do falso médico quanto a suspeita de maus-tratos contra a criança, devido às marcas encontradas em seu corpo. A menina era alvo de uma disputa na Justiça por sua guarda. Ela estava sob a guarda do pai, o técnico judiciário André Rodrigues Marins desde o dia 26 de maio. A mãe, Cristiane Ferraz, estava proibida de vê-la, acusada de alienação parental (quando um dos genitores faz campanha difamatória contra o outro). Ela atribui ao pai da criança as lesões apresentadas na internação.

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De acordo com a polícia, relatórios preliminares do Instituto Médico Legal (IML) apontam que as queimaduras teriam acontecido quando Joanna estava sob a responsabilidade de André, mas apenas uma perícia detalhada poderá comprovar a causa e o momento exato dos ferimentos. Segundo o pai, a menina tinha problemas neurológicos e que, por isso, sofria as convulsões.

O enterro de Joanna deve acontecer hoje, no município de Mesquita, na Baixada Fluminense. O corpo seria necropsiado durante a tarde de ontem no IML e liberado em seguida.

(Com Agência Estado)

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