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Polícia prende dois suspeitos pela morte de Décio Sá

Mais de uma denúncia foi recebida contra os acusados através do Disque-Denúncia da Polícia do Maranhão. Jornalista foi morto a tiros em um bar de São Luís na última segunda-feira. Polícia acredita que crime foi encomendado

Por Marina Pinhoni
26 abr 2012, 17h35

A Polícia Civil de São Luís prendeu na noite desta quarta-feira dois homens suspeitos de participarem do assassinato do jornalista Décio Sá, executado a tiros em um bar na orla da capital maranhense nesta segunda-feira. Os acusados, que já tinham mandados de prisão decretados por outros crimes, começaram a prestar depoimento por volta das 16h30 desta quinta-feira na Delegacia de Homicídios de São Luís. De acordo com o delegado Jeffrey Furtado, que participa das investigações, a polícia recebeu mais de uma denúncia, por meio do Disque-Denúncia, de que os acusados estariam envolvidos na morte do jornalista. “Ainda não dá para confirmar o envolvimento deles neste crime”, ponderou Furtado. “Nós estamos no processo inicial das investigações e o depoimento deles acabou de começar. Temos que ser bastante criteriosos para checar as informações que recebemos através do Disque-Denúncia, pois nem tudo é verdadeiro”. Segundo o delegado, um dos homens foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. O revólver de calibre 38 encontrado com ele, no entanto, não bate com a munição responsável pela morte de Sá, que é de uma pistola calibre 0.40, de uso exclusivo da polícia. Os dois homens, que foram encontrados no bairro de Araçagi, em São Luís, já tinham passagem pela polícia. Um deles foi condenado por latrocínio (roubo seguido de morte) pela Justiça de Capitão Poço, no Pará. O outro tinha a prisão decretada pela Justiça de São Luís, mas o crime não foi informado. Assassinato – Décio Sá estava desacompanhado quando dois homens chegaram ao bar em uma moto. Um deles entrou no estabelecimento e foi até o banheiro. Ao retornar, armado, disparou seis tiros – cinco atingiram o jornalista, que morreu no local. Segundo as investigações, o crime foi planejado e executado por profissionais. Os depoimentos ouvidos até agora apontam que o jornalista estava sendo seguido desde a sede do jornal O Estado do Maranhão. A polícia afirmou ainda que o blogueiro não declarava ter recebido ameaças de morte. O computador e o telefone pessoal dele já estão em poder da polícia, que também usará notícias publicadas no Blog do Décio para investigar a morte. Blog – Uma das últimas reportagens publicadas em seu blog, horas antes do crime, é sobre o julgamento de pistoleiros da região acusados de matar, em 1997, o líder comunitário e sem-teto Miguel Pereira Araújo, conhecido como Miguelzinho. Em fevereiro, Décio afirmou que a oposição estava fazendo “um verdadeiro cavalo de batalha” em torno do processo de cassação da governadora Roseana Sarney, que tramita no Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE). “Tudo bobagem”, escreveu. No fim de março, Décio Sá criticou um encontro na Assembleia Legislativa do estado para comemorar os noventa anos do PCdoB. Disse que a reunião não passava de “comunismo de araque”.

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