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Polícia ouve integrante de grupo de skinheads em São Paulo

Os policiais que investigam a morte de Johni Galanciak, esfaqueado no sábado, colheram o depoimento de três pessoas nesta terça-feira

Por Bruno Abbud
6 set 2011, 22h30

Até agora, três pessoas foram ouvidas pela polícia sobre a morte de Johni Raoni Falcão Galanciak, 25 anos, esfaqueado durante uma briga entre gangues rivais no último sábado, 3 de setembro. Todas estiveram na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) nesta terça-feira.

Por volta das 15 horas, o empresário Fábio Renato dos Santos, 31 anos, forneceu o primeiro depoimento do caso. Ele é dono de um estacionamento vizinho à casa de shows Carioca Club, na Rua Cardeal Arcoverde, palco da confusão. Santos informou aos policiais que viu cerca de cinquenta pessoas envolvidas na briga. Depois disso, correu para se proteger. Às 16h30, a mãe de Johni, Patrícia Conceição, chegou à sala da delegada Margarete Barreto, que não quis revelar o conteúdo da conversa.

Mais tarde, conduzido por um investigador, o terceiro e último depoente atravessou rapidamente a sala de espera da Decradi até alcançar uma área reservada. Permaneceu por ali até às 20 horas. Careca, teias de aranha tatuadas na cabeça, com 1.85 metros de altura e expressão séria, o skinhead que atende pelo nome de “Vírus” tinha a jaqueta de couro estampada com os dizeres SHARP. A sigla significa Skinheads Against Racism and Prejudice, ou “Skinheads contra o Racismo e o Preconceito”.

Os integrantes da gangue Sharp não toleram qualquer tipo de preconceito. Alguns, inclusive, participaram da Parada Gay, em junho, em defesa de liberdades individuais. Esses skinheads são chamados por policiais de “skinheads do bem”.

Vírus era amigo de Johni, morto por “skinheads do mal”, que, no caso, são os carecas que defendem ideologias fascistas e neonazistas. Nesta terça-feira, Vírus tentou convencer a polícia de que sua gangue não é violenta. Um investigador disse que a Sharp é atualmente a maior de todas as 25 gangues que atuam na capital.

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Correria ─ Incumbida de desvendar as razões da morte de Johni Raoni Falcão Galanciak, a delegada Margarete Barreto alternava oitivas com visitas à sala de Jorge Carlos Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), instalado alguns andares acima.

Carrasco está preocupado com a repercussão do caso. Johni, de 25 anos, integrava possivelmente uma gangue de punks autointitulados anti-fascistas. No último sábado, 3 de setembro, uma briga entre grupos rivais culminou com sua morte, a facadas, e com um ferido grave. Fábio Medeiros, de 21 anos, permanece internado na UTI do Hospital das Clínicas, com traumatismo craniano. Ele é membro de um grupo neonazista.

A delegada Margarete Barreto continuará atabalhoada nesta quarta-feira, 7 de setembro. Os investigadores sob seu comando continuam em busca dos culpados pela morte de Johni e pelo espancamento de Medeiros.

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