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Polícia Militar vai reocupar Complexo do Alemão, diz Pezão

Segundo o governador, haverá fortalecimento da política de pacificação no morro, que tem sido palco de confrontos na última semana, com pelo menos seis pessoas baleadas

Por Da Redação
5 abr 2015, 20h14

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, afirmou neste domingo que o Complexo do Alemão, na Zona Norte, voltará a ser ocupado pela Polícia Militar. O anúncio foi feito durante a visita do governador ao morro, depois que pelo menos seis pessoas foram baleadas no local apenas na última semana. Uma delas era o menino Eduardo de Jesus, de 10 anos, que foi atingido por uma bala perdida durante confrontos entre policiais e traficantes na noite de quinta-feira.

Segundo Pezão, a medida tem o objetivo de fortalecer a política de pacificação no Alemão e em outras comunidades. “A gente já vem discutindo o fortalecimento de algumas UPPs. O Alemão é uma delas. Vamos entrar mais forte, fazer uma reocupação. Vamos fortalecer, colocando mais policiais. Nesses três meses de governo, já formamos mais de 1.100 PMs e vamos intensificar a ocupação no Alemão”, disse.

Pezão voltou a dizer que o Estado “não vai retroceder” no combate à violência “nas áreas mais conflagradas”, mas defendeu que a política de segurança seja um instrumento para levar às comunidades outros serviços públicos básicos, como abastecimento de água e esgoto. “A gente tem que se adaptar. É um processo de seis, sete anos, que a gente tem que ir reavaliando, vendo o que deu certo, o que deu errado. A gente sabe que não é só segurança. Estamos fazendo um grande esforço e não vamos retroceder. Pelo contrário, segurança continua sendo o nosso mantra, nossa política mãe”.

O Conjunto de Favelas do Alemão foi ocupado em 2010 pelas forças de segurança do Estado. Contudo, a política de pacificação não venceu a resistência do tráfico de drogas e confrontos entre policiais da UPP e criminosos se tornaram frequentes.

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Nova ocupação – O policiamento das UPPs no Alemão está sendo reforçado desde quinta-feira por 270 homens do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Ações com Cães (BAC). Em nota oficial, a Secretaria de Estado de Segurança já havia admitido a possibilidade de uma nova ocupação no Complexo do Alemão.

“Há um centro de comando do COE instalado na Coordenadoria de Policia Pacificadora e cada ação das forças especiais será avaliada até chegar, se for necessário, a uma ocupação completa”, diz a nota. Temendo represálias por parte das quadrilhas que atuam no conjunto de favelas, os PMs montaram dois pontos de fortificação. Tonéis cheios de concreto e areia formam barricadas para proteger a sede administrativa da UPP Nova Brasília e o contêiner onde funciona a Base Avançada do Alemão, na Rua Canitar. “A Coordenadoria da Polícia Pacificadora avalia a necessidade de mais pontos de fortificação e instalações de cabines blindadas”, informou a Secretaria.

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Investigação – A morte do menino Eduardo foi provocada por uma bala perdida durante um confronto entre policiais militares e traficantes ocorrido quinta-feira no Alemão. O crime motivou a instauração de um inquérito da Polícia Militar para apurar a conduta dos PMs envolvidos na ação.

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