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PF prende 40 e aumenta pena de líder da quadrilha

Um dos mandados de prisão estava em nome de Carlos "Gordo", especialista em assaltos a bancos e carros fortes, já encarcerado numa penitenciária estadual

Por Bruno Abbud
25 out 2011, 13h06

A Operação Mercúrio, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira, prendeu até agora 40 pessoas – embora tivesse 39 mandados de prisão para cumprir. O quadragésimo criminoso foi preso em flagrante por receptação, informou a Superintendência da PF em Curitiba, onde as investigações começaram. Os policiais, que cumprem outros 50 mandados de busca e apreensão, desarticularam uma quadrilha integrada por bandidos de alta periculosidade que agia nos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O bando praticava roubos a carros e caixas eletrônicos, tráfico de drogas e armas, sequestros e homicídios.

Só em cidades do Paraná, os policiais, todos integrantes de grupos táticos da PF, prenderam 35 pessoas – um dos bandidos foi capturado em Curitiba depois de reagir a tiros. Em Joinvile, Santa Catarina, três pessoas foram presas. No Rio Grande do Sul, a polícia localizou um dos líderes da quadrilha, Carlos Eduardo Fernandes, o Carlos “Gordo”, especialista em assaltos a bancos e a carros fortes.

Condenado a 42 anos de reclusão em 2006 por assaltar uma empresa de transporte de valores em Santa Cruz do Sul (RS), Carlos Gordo estava encarcerado na penitenciária estadual de Charqueadas, perto de Porto Alegre. Com outro mandado de prisão, ele terá a pena aumentada. Sua mulher também foi detida nesta terça-feira, em São Leopoldo, município do interior gaúcho.

A polícia apreendeu lap tops, fuzis automáticos, pistolas, munição, coletes à prova de bala e rádios transmissores utilizados pela quadrilha. Cerca de 300 policiais participam da ação. Segundo a PF, as investigações, iniciadas em dezembro de 2010, identificaram 53 criminosos que cometeram pelo menos 15 roubos a caixas eletrônicos dos bancos Caixa Econômica Federal, Santander, Sicredi e Itaú – ações que renderam ao menos 2 milhões de reais ao bando.

Em maio, a turma de Gordo levou 1 milhão de reais do Banco Continental, na cidade paraguaia de Salto del Guairá, depois de sequestrar funcionários. A quadrilha também roubava carros, clonava placas de veículos e assaltava casas em Curitiba e ônibus de turismo que passavam pela capital com destino a Foz do Iguaçu e São Paulo. As investigações são conduzidas pelo delegado Fabiano Bordignon, da Delegacia de Repressão a Crimes Patrimoniais. Por dois anos, Bordignon foi diretor da penitenciária de segurança máxima de Catanduvas.

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Carlos “Gordo” – Quando em liberdade, Carlos Eduardo Fernandes Moreira, o “Gordo”, costumava atuar em conjunto com um dos bandidos mais perigosos do Rio Grande do Sul, segundo a PF de Curitiba. Trata-se de José Carlos dos Santos, o “Seco”, condenado a 46 anos de prisão e colega de Gordo na penitenciária estadual de Charqueadas. Em 2006, Gordo e Seco roubaram um caminhão guincho em Santa Cruz do Sul e utilizaram a potência da máquina para derrubar a parede da empresa de transportes de valores Proforte – 3,9 milhões de reais foram roubados. Na ação, um policial militar foi morto com um tiro de fuzil e uma policial ficou ferida. Gordo e Seco foram baleados e presos durante uma perseguição.

Histórico criminoso – Em ações anteriores, a polícia apreendeu fuzis, pistolas e explosivos usados pela quadrilha. No período das investigações, ocorreram outros quatro confrontos com forças policiais, sendo um deles no Paraguai, em junho deste ano. Na ocasião, os bandidos se preparavam para assaltar um banco. A PF e as autoridades paraguaias prenderam parte do grupo e mataram dois ladrões. Os criminosos presos durante a operação desta terça-feira serão encaminhados às penitenciárias federais de segurança máxima de Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) ou Mossoró (RN).

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