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Polícia captura criminoso que controla maior esconderijo de traficantes do Rio

Investigadores prenderam Marcelo da Silva Leitão, o Bigode, em um sítio onde estava vivendo em Casimiro de Abreu. Ele era o responsável pelo complexo de favelas do Salgueiro, em São Gonçalo, região com mais de 200 fuzis e para onde foragidos das UPPs migraram no início da década

Por Leslie Leitão 22 jun 2016, 17h15

Poucos lugares do Rio de Janeiro sofreram tanto os efeitos colaterais das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) quanto São Gonçalo, município de pouco mais de 1 milhão de habitantes, vizinho a Niterói. Já no início do programa de ocupação de territórios na capital fluminense, entre 2010 e 2011, bandidos começaram a migrar para tentar buscar outros territórios e expandir seus domínios criminosos. Com isso, o complexo de favelas do Salgueiro tornou-se um dos principais ‘esconderijos’ de perigosos traficantes da facção Comando Vermelho. No fim da manhã de hoje, policiais civis capturaram o responsável por dar abrigo a esses foragidos. Marcelo da Silva Leitão, o Bigode, de 27 anos, estava em um pequeno sítio que havia começado a reformar, na cidade de Casimiro de Abreu, e não reagiu.

Ovelha, como também era chamado, é o homem de confiança de Antônio Hilário Ferreira, o Rabicó, que domina a região, mesmo estando preso desde 2008. Há dois anos, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal foi responsável pelo maior derrame financeiro já sofrido pela quadrilha que comanda a região de São Gonçalo, ao apreender mais de 3,5 milhões de reais em espécie, além de 51 quilos de cocaína pura e outros 20 quilos de ouro. Rabicó, na época, perdeu também seu principal articulador na rua, o engenheiro ambiental Jorge Luís Reis, funcionário de uma empresa que prestava serviços à Petrobras e que havia se tornado o contador do bando.

As investigações da 72ª DP (Mutuá), responsável pela prisão, tentam montar o novo quebra-cabeças de Rabicó. Há um mês, ele determinou que Bigode se afastasse do dia a dia da favela. Imediatamente, o traficante arrumou uma casa em Casimiro de Abreu e começou a reformá-la. O objetivo era administrar os negócios de fora, sem correr o risco dos constantes tiroteios. Após passar seis anos preso, o criminoso não devia nada à Justiça. Ontem, um novo mandado de prisão contra ele foi expedido pela 2ª Vara Criminal de São Gonçalo: “As investigações vão prosseguir para que seja verificado se Marcelo teria subido mais um degrau na hierarquia da quadrilha”, diz a delegada Raíssa Celles.

Fora do Complexo do Salgueiro – uma região que a polícia estima contar com mais de 200 homens armados com fuzis, granadas e pistolas -, Bigode recebia cerca de 15 000 semanais de “salário”. Para tomar conta das bocas de fumo na própria favela, ele colocou Thomaz Jhayson Vieira Gomes, o Neném.

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