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Bicicletas de R$ 30 mil são apreendidas em favela no Rio

Mercado paralelo de produtos roubados funciona na região de Manguinhos e Jacarezinho. Comparsa ainda é procurado pela Polícia Civil

Por Leslie Leitão 21 Maio 2015, 12h33

A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil não tem dúvidas de que o menor H. A. S., de 16 anos, apreendido nesta quinta-feira, é um dos autores das facadas que mataram o ciclista e médico Jaime Gold, de 57 anos, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro. Um outro menor é o principal suspeito de ser o comparsa de H. no crime, mas os policiais ainda não conseguiram capturá-lo. Na operação realizada nesta manhã, os agentes apreenderam dentro da Favela de Manguinhos, que conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), nove bicicletas roubadas, algumas importadas, como a canadense Rocky Mountain, avaliada em cerca de 30 000 reais.

A bicicleta roubada do médico ainda não foi encontrada. De acordo com informações da Polícia Civil, na região funciona um mercado paralelo de receptação dessas bicicletas roubadas na Zona Sul. “Essas bicicletas eram vendidas lá mesmo, no Jacarezinho e no Mandela”, afirma a delegada Patrícia Aguiar, delegada-assistente da DH.

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O delegado Rivaldo Barbosa, diretor da DH, descreveu o adolescente como um rapaz frio e que não demonstrou qualquer remorso: “Eles não deram qualquer oportunidade de defesa à vítima. Vieram por trás e continuaram a esfaquear. Estou aqui há três anos e meio e a forma covarde e sem sentimento por outro ser humano me chamou a atenção”, disse ele, que aguarda o laudo para saber se o médico realmente recebeu quatro facadas.

Nas buscas em Manguinhos, a DH encontrou quatro facas e duas tesouras fora do apartamento de H. Entre as quinze anotações criminais do menor, cinco foram com armas brancas. Ele foi apreendido pela primeira vez em 2010, quando tinha apenas 12 anos. Desde então, já acumulou acusações de desacato, furto e roubo.

A apreensão do menor volta a incendiar o debate sobre a redução da maioridade penal, que vem tramitando no Congresso Nacional. “A sociedade precisa fazer uma reflexão sobre toda essa situação”, diz Rivaldo Barbosa, que revela ainda “acreditar na ressocialização”.

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