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PMDB barra manobra para resgatar liderança de Picciani

Em decisão patrocinada por Temer e Cunha, Executiva do partido impôs restrições a filiações à sigla. Tática seria usada para obter assinaturas em prol do deputado fluminese

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 dez 2015, 11h21

Em breve reunião na manhã desta quarta-feira, a Executiva Nacional do PMDB aprovou uma medida que impõe barreiras à filiação de parlamentares ao partido e submete a aceitação de novos peemedebistas à cúpula da legenda. A resolução, articulada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é uma reação às manobras articuladas pelo Planalto e por setores contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff para resgatar o posto de Leonardo Picciani (PMDB-RJ) na liderança da bancada de deputados. Picciani estava agindo contra o afastamento da petista.

A resolução recebeu o aval de 15 peemedebistas, sendo que apenas dois foram contrários à mudança. O vice-presidente do PMDB, Valdir Raupp (PMDB-RR), que comandou a reunião, se absteve de votar. Michel Temer não participou do encontro desta manhã. Ele tem na agenda desta quarta um almoço de confraternização com oficiais-generais do qual Dilma Rousseff também deve participar.

Picciani foi destituído do cargo na semana passada depois de alocar na comissão que vai analisar o impeachment de Dilma apenas deputados governistas e dispostos a salvar o mandato da petista. No lugar, e com o aval de Temer, a bancada elegeu Leonardo Quintão (PMDB-MG) para o posto, que é próximo a Cunha.

Nos bastidores, o líder destituído tem articulado com o Planalto estratégias para recuperar a liderança. Entre elas, está a filiação de deputados ao PMDB e o retorno de parlamentares licenciados ou suplentes para aumentar o quórum de apoio a Picciani. O deputado Altineu Côrtes (PR-RJ) estava entre os cotados para migrar ao partido nos próximos dias. Com a resolução, ele pode ter a candidatura impugnada.

“É lamentável que o PMDB, que sempre teve na condução da sua direção a marca do diálogo e da democracia, tenha permitido que a truculência e os desmandos que hoje marcam a Câmara dos Deputados tenha vindo pra dentro do partido”, disse Picciani, que não escondeu a irritação com a aprovação da medida. O peemedebista negou que estava em campo uma estratégia para trazer novos parlamentares e prometeu recorrer da decisão na Justiça. Ele tem a esperança de conseguir angariar apoio da bancada e retomar a liderança.

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