PM retoma tática e protesto termina sem ocorrências
Cerca de 200 pessoas marcharam contra a Copa do Mundo na região da Avenida Paulista durante a partida da seleção brasileira contra Camarões
Após o rastro de destruição deixado por vândalos no último protesto em São Paulo, na quinta-feira, a Polícia Militar retomou nesta segunda-feira seu protocolo para acompanhar o ato marcado na Avenida Paulista contra a Copa do Mundo. A exemplo de outras manifestações em que foi adotada, a tática se mostrou eficaz e impediu depredações do patrimônio público e privado.
Marcado para começar pouco antes do jogo da seleção brasileira, o ato desta tarde foi esvaziado. Segundo a PM, duzentas pessoas participaram de uma passeata que acabou restrita à região da Paulista. A PM não informou quantos homens destacou para monitorar o ato, mas o efetivo de policiais era visivelmente maior do que o número de manifestantes. A PM também voltou a usar a estratégia de montar cordões de isolamento para cercar a marcha, o que inibe atos de vandalismo e facilita a identificação dos marginais mascarados.
O único momento de tumulto ocorreu no final do ato quando homens do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que procuram black blocs identificados no quebra-quebra de quinta-feira passada, tentaram abordar alguns manifestantes. Um deles, Rafael Marques, já conhecido da polícia – ele havia sido preso no ato contra a abertura da Copa -, foi novamente detido. Houve corre-corre e um policial chegou a disparar tiros para o alto.
Antes de começar a passeata, um integrante do grupo Advogados Ativistas, que costuma acompanhar os black blocs nos protestos e dar suporte jurídico a eles, foi preso por porte drogas. Ele foi levado para o 78º Distrito Policial, na Zona Sul de São Paulo.
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Brasília e Porto Alegre – Uma manifestação contra a Copa do Mundo marcada em Brasília terminou minutos antes do início do jogo entre Brasil e Camarões, às 17 horas. O protesto reuniu cerca de cem pessoas e seguiu sem incidentes em todo o trajeto. A Polícia Militar montou uma barreira para impedir que a passeata chegasse ao Estádio Nacional Mané Garrincha, onde ocorreu a partida.
Em Porto Alegre, cem pessoas se reuniram no centro da capital gaúcha e foram acompanhadas de perto por um efetivo de mil policiais militares. O protesto terminou sem incidentes.
(Com Estadão Conteúdo)