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PM que matou camelô responde por outro homicídio

Soldado disparou contra um homem que teria reagido a uma ordem de parada

Por Da Redação
20 set 2014, 16h41

O PM que foi preso depois de matar o camelô Carlos Augusto Muniz Braga, de 30 anos, na quinta-feira, responde a processo por outro homicídio cometido seis meses atrás, também durante abordagem policial. Na ocasião, o soldado disparou seis vezes contra um homem que teria reagido a uma ordem de parada.

Segundo informações prestadas pelos policiais no Inquérito Policial Militar aberto para apurar o caso, o homicídio ocorreu quando, durante ronda, Henrique Dias Bueno de Araújo e outro PM avistaram um homem empurrando um carrinho de carga e ordenaram que ele parasse para averiguação. O homem teria se negado a parar e sacado um facão. Ele ainda tentou fugir, mas, ao ser cercado novamente pelos policiais, foi para cima do soldado com o objeto. Ainda de acordo com a versão dos policiais, ao ser acuado pelo suspeito, o PM disparou duas vezes contra as pernas do homem, que, mesmo ferido, continuou indo em direção ao soldado. Nesse momento, outros quatro disparos foram feitos.

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Dos seis tiros, quatro acertaram a vítima: dois na perna, um no tórax e um na mão. O homem, que nunca foi identificado, morreu no local. Uma testemunha confirmou a versão policial, mas o homicídio não foi registrado por nenhuma câmera de segurança. O Inquérito Policial Militar concluiu que não houve conduta irregular na morte do homem, já que o soldado teria agido em legítima defesa. Na Justiça comum, o caso ainda está sendo analisado.

Segundo a PM, “por causa da gravidade da ocorrência”, o soldado foi incristo, à época, no Programa de Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar, cumprindo todas as fases propostas pelos psicólogos e sendo considerado apto para retomar suas atividades. Porta-voz da Polícia Militar, o tenente-coronel Mauro Lopes afirmou ainda que todos os policiais passam por reciclagem anualmente.

Ontem, a Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante do soldado pela morte do camelô no bairro da Lapa. Ele está no Presídio Militar Romão Gomes.

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Em entrevista à Rádio Estadão, o comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, admitiu que houve erro na ação que resultou na morte do vendedor ambulante. Segundo ele, as primeiras imagens de uma loja deixavam “dúvidas do momento do disparo”, mas, ao analisar outros vídeos, o coronel concluiu que o soldado se precipitou e disparou de forma equivocada.

O comandante-geral da PM negou que houve despreparo da corporação e ressaltou que, de todas as polícias militares do País, a que tem “melhor e mais longa formação” é a de São Paulo. “De um universo de 88 mil homens e mulheres, existem profissionais que erram. Não posso falar em despreparo, mas do erro de um policial”, disse Meira. O governador Geraldo Alckmin afirmou que é preciso “verificar os procedimentos que foram feitos pelos policiais” e que o caso já está sendo apurado tanto pela Corregedoria da Polícia Militar quanto pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

(Com Estadão Conteúdo)

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