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PM prende 14 policiais suspeitos de extorsão e desvio de armas

Grupo está detido administrativamente no batalhão da Ilha do Governador. Secretaria de Segurança investiga se PMs cobraram propina para liberar bandidos

Por Leslie Leitão 11 abr 2014, 19h54

Catorze policiais militares do 17º BPM (Ilha do Governador), na Zona Norte do Rio de Janeiro, estão presos administrativamente na própria unidade, suspeitos de extorquir dinheiro de dois traficantes e de desviar pelo menos três fuzis durante uma ação realizada em 16 de março. Na ocasião, eles interceptaram um Ford Ecosport clonado que acabara de sair do Morro do Dendê, após uma reunião da cúpula da facção Terceiro Comando Puro (TCP). Na abordagem, três homens acabaram presos em flagrante com um fuzil, três pistolas e 18 granadas.

O grupo começou a ser investigado a partir de uma informação de que outros dois criminosos haviam sido liberados. A subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Segurança requisitou as imagens de uma base da Aeronáutica, que fica na Estrada do Galeão, onde o veículo foi interceptado, para apurar o caso. Uma cópia da filmagem, porém, acabou sendo enviada diretamente para o 17º BPM . O comandante do batalhão, coronel Dayzer Corpas, instaurou Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias da ocorrência e prendeu o grupo por 72 horas.

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A Corregedoria da PM entrou no caso e deverá pedir a prisão do grupo ao Ministério Público Militar. De acordo com informações passadas à SSINTE e também obtidas em investigações da Polícia Civil, pelo menos três fuzis não teriam sido levados para a 37ªDP (Ilha), onde o caso foi registrado. Os dois homens liberados seriam chefes do tráfico da Favela da Coréia, em Senador Camará, na Zona Oeste.

Tráfico – O encontro de bandidos da facção se deu a partir de um racha interno ocorrido entre Marcelo Santos das Dores, o Menor P, que comandava o tráfico na Maré e acabou preso semana passada pela Polícia Federal, e Gil Pinheiro dos Santos, o 1000 Gol (pronuncia-se “Mil Gol”), que controla favelas da Zona Oeste. As desavenças resultaram nesta reunião no Dendê, maior QG da facção e dominado por Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, que há dez anos controla o tráfico na região da Ilha praticamente sem ser incomodado. Um reportagem de VEJA no final do ano passado revelou que o criminoso gasta cerca de meio milhão por mês com o pagamento de propinas.

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