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PM confunde celular com arma e mata refém em São Paulo

Gerente de loja foi baleado ao tentar fugir de criminoso correndo na direção de policiais. Polícia Civil vai investigar conduta de agentes, afastados do serviço

Por Da Redação
24 abr 2014, 11h30

Um gerente de loja de 32 anos foi morto por policiais militares na noite desta terça-feira no bairro Cidade Ademar, Zona Sul de São Paulo, após ser confundido com um criminoso. Na hora em que foi baleado, Osvaldo José Zaratini era, na verdade, refém de um bandido, que foi ferido na troca de tiros com os policiais e seguia internado até a noite de quarta-feira. O gerente morto estava com o celular na mão, porém os PMs acreditaram que fosse uma arma, como consta no boletim de ocorrência, e atiraram.

Zaratini estava em seu carro, um Volkswagen Saveiro branco, quando foi assaltado por volta das 23 horas na Rua Luis Stolb. O criminoso, Rafael Lima de Oliveira, de 28 anos, disse que estava ferido e exigiu que o gerente o levasse a um hospital. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado informou que o bandido havia roubado um carro Hyundai i30 e estava fugindo da ronda policial quando abordou a vítima.

A polícia recebeu informações de moradores de que o criminoso estava dentro de uma Saveiro e começou a procurá-lo. Quando encontraram o carro, os PMs deram ordem de parada mas, segundo o boletim de ocorrência, o motorista acelerou para se afastar. Ao chegar na Rua Luis Stolb, Zaratini parou o carro e correu em direção aos policiais com o celular nas mãos. A PM disse que Oliveira também saiu do veículo com a arma em punho e atirou.

A PM deu vários tiros na direção do bandido e do refém. Feridos, ambos socorridos ao Hospital Municipal Arthur Ribeiro de Saboya, no Jabaquara. Zaratini chegou ao hospital sem vida. Oliveira passou por cirurgia e, até a noite desta quarta-feira, permanecia internado sob escolta policial, sob ordem de prisão.

A SSP afirmou que, após a apuração sobre a identidade das vítimas e o depoimento de uma testemunha, foi constatado que o empresário não era cúmplice do assaltante e que o “objeto que ele levava ao sair do carro era um celular”. O caso foi registrado no 26.º Distrito Policial, no Sacomã. Um inquérito policial foi aberto para investigar a atuação dos PMs que mataram o refém. Eles ficarão afastados do trabalho até a conclusão da investigação.

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Outro caso – Um caso parecido ao de terça-feira aconteceu em São Paulo em julho de 2012. O publicitário Ricardo Prudente de Aquino, de 39 anos, morreu baleado pela PM no Alto de Pinheiros, Zona Oeste da cidade, por estar com um objeto preto nas mãos que “parecia uma arma”. De acordo com a PM, o carro de Aquino passou em alta velocidade pela Praça da Paz, no Sumaré, no momento em que policiais do 23º Batalhão abordavam outro veículo.

“Eles desconfiaram do carro e iniciaram uma perseguição”, disse o delegado Dejair Rodrigues, que investigou o caso à época. Minutos depois, o carro do publicitário bateu em uma viatura na Avenida das Corujas. “Aí houve uma falha na abordagem. Eles acharam que um objeto preto na mão do publicitário fosse uma arma”, explicou o delegado. Segundo ele, o publicitário portava 50 gramas de maconha.

(Com Estadão Conteúdo)

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