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PM atira bombas de efeito moral em manifestantes em SP

Segundo a organização, 2.000 pessoas foram às ruas na capital paulista contra a corrupção e para pedir rapidez no julgamento do caso do mensalão

Por Cida Alves
21 abr 2012, 19h14

A Tropa de Choque da Polícia Militar atirou bombas de efeito moral em manifestantes no final da tarde deste sábado, em São Paulo. Segundo a PM, 800 pessoas foram às ruas na capital paulista contra a corrupção e para pedir rapidez no julgamento do caso do mensalão, que ocorreu no governo Lula em 2005 e está a ponto de prescrever. Já de acordo com a organização, foram 2.500 participantes.

O protesto, ocorrido na Avenida Paulista, começou por volta das 16h30, de forma pacífica. Porém, às 18h15, alguns grupos de manifestantes decidiram não se dispersar e acabaram ocupando os dois sentidos da avenida. A Tropa de Choque foi acionada e bombas de efeito moral foram jogadas para afastar os manifestantes, que tentaram revidar atirando paus e pedras.

O tumulto terminou por volta das 19 horas sem feridos. Contudo, de acordo com o tenente Adriano Souza Fernandes, que comandou a operação, duas pessoas foram presas: uma por atirar uma garrafa em um dos policiais e outra por estimular a ocupação da Avenida Paulista. Cerca de 120 policiais acompanharan o protesto e atuaram na dispersão dos manifestantes.

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Após o confronto, os manifestantes chegaram a se dispersar, mas retomaram a concentração em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde foram novamente atacados pelas bombas. Uma delas chegou a cair em um dos acessos à estação Trianon-Masp do metrô. Mas, segundo um funcionário da estação, o transporte no local já funciona normalmente.

Pouco depois das 19 horas, o trânsito já fluía normalmente. Segundo a polícia, as manifestações ocasionaram 20 quilômetros de engarrafamento nos arredores da Paulista.

Protestos – O principal objetivo das manifestações é pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que julgue o mais rápido possível o caso que investiga os subornos feitos a dezenas de deputados em 2004 e 2005 e pela suspeita de financiamento ilegal da campanha eleitoral que levou Lula ao poder em 2003.

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Os manifestantes também pedem ficha limpa para todos os ocupantes de cargos públicos, o fim do voto secreto no Congresso e a transformação da corrupção em crime hediondo.

A maior marcha aconteceu em Brasília, onde, segundo cálculos da Polícia Militar, cerca de 3 mil pessoas vestidas de preto se concentraram na esplanada dos Ministérios. Em menor número, houve protestos na maioria das 27 capitais do país, segundo dados dos organizadores.

O presidente do Supremo, o ministro Ayres Britto, afirmou nesta semana que pretende concluir o julgamento nos próximos meses, antes das eleições municipais de outubro.

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