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Planalto reforça ofensiva contra impeachment e mira indecisos

Ao menos seis governadores do Nordeste formam nesta sexta-feira a face mais visível da tropa dilmista na Câmara dos Deputados. Mas a série de más notícias não termina

Por Felipe Frazão e Marcela Mattos, de Brasília
15 abr 2016, 22h20

Com a proximidade da votação que definirá o destino da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, o Planalto reforçou a ofensiva em busca de votos para barrar o impeachment. Em ação nos bastidores, ao menos seis governadores do Nordeste formam nesta sexta-feira a face mais visível da tropa dilmista na Câmara dos Deputados para tentar garantir os últimos votos de parlamentares indecisos. Vieram à Câmara Flávio Dino (PCdoB, Maranhão), Ricardo Coutinho (PSB, Paraíba), Jackson Barreto (PMDB, Sergipe), Camilo Santana (PT, Ceará), Rui Costa (PT, Bahia) e Wellington Dias (PT, Piauí). Parlamentares governistas chegaram a celebrar durante a tarde o que chamam de ‘virada’ pró-Dilma. Mas os números não indicam que a situação da presidente tenha mudado: o mapa do impeachment do site de VEJA mostra 343 votos contrários à presidente, um a mais do que o necessário para que o processo seja aberto.

A onda de otimismo não encontra reflexo nas notícias para Dilma: o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD) entregou a carta de demissão neste noite ao governo. O documento foi entregue pessoalmente ao ministro Jaques Wagner, chefe do gabinete pessoal de Dilma.

“Não vai faltar voto, mas queremos a garantia. O jogo está nos 44 minutos e a gente veio olhar o fim”, disse Dino. “Estou aqui como ex-parlamentar, como governador de Estado e como alguém que conversa com os deputados de todos os partidos. Tenho conversado não só deputados do Maranhão, porque mantive ótimas relações com todos. Temos que evitar essa marcha da insensatez que está em curso.” Além deles, também circula nos corredores do Parlamento e do Palácio do Planalto o ex-governado do Ceará e ex-ministro Cid Gomes (PDT). Ele voltou a dizer que a presidente “deveria ter se desfiliado do PT e assumido o compromisso de que não iria mais militar partidariamente, nem apoiar um sucessor como forma de distensionar a crise política”. Cid afirmou que já esteve com Dilma nesta sexta e que se manterá ao lado da presidente.

À tarde, o vice-líder do governo Sílvio Costa (PTdoB-PE) alardeava na Câmara que o Planalto “já ultrapassou” os 172 votos necessários para barrar a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente. Costa afirmou que existem ainda 36 votos de deputados que estão indecisos, os chamados de “a trabalhar” nas planilhas do governo. “Estamos bem acima da margem de erro e hoje detectamos o desespero da oposição”, afirmou.

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Como informou o site de VEJA, o mensaleiro Valdemar Costa Neto, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, foi um dos nomes de confiança do ex-presidente Lula para evitar uma debandada ainda maior entre os aliados da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment. Presidente de honra do PR, Costa Neto é apontado como um dos principais articuladores para barrar a intenção da bancada na Câmara de embarcar de vez no apoio à deposição da petista. Como resultado, a expectativa é que o PR entregue entre dez e doze votos pró-Dilma.

Conhecido pela sua fidelidade, o mensaleiro, apesar de manter apoio ao governo Dilma, também não fecha as portas a um eventual governo de Michel Temer. Ele avalia que sua influência perante a bancada de seu partido e de outras legendas aliadas é fundamental para ajudar o peemedebista em um futuro governo.

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