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Pizzolato: ‘Justiça italiana é melhor do que a brasileira’

Mensaleiro condenado a doze anos e sete meses de prisão também afirmou que fugiu para a Itália para "salvar sua vida"

Por Da Redação
28 out 2014, 20h04

Logo após deixar o presídio na noite desta terça-feira, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão a doze anos e sete meses de prisão, criticou a Justiça brasileira. “A italiana é muito melhor”, disse o mensaleiro que ficou famoso pela fuga hollywoodiana do país para não ser preso: “Eu não fugi, salvei minha vida. Você acha que salvar a vida não vale a pena”?.

“A Justiça da Itália é muito melhor do que a brasileira. Ela não se deixa levar pelo o que jornais ou televisões veiculam”, disse Pizzolato, ao jornal Folha de S. Paulo, enquanto esperava a mulher na saída do presídio.

Mais cedo, a corte de Apelação de Bolonha havia rejeitado pedido do governo brasileiro de extraditar o mensaleiro e ordenado a sua soltura. Os juízes concluíram que Pizzolato não teria condições de saúde de cumprir a pena em prisões brasileiras. Além disso, o mensaleiro tem cidadania italiana.

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Pizzolato também comentou que preferia a cadeia em Modena do que no Brasil. “Melhor que estar no Brasil por oito anos sem poder sair de casa, ser agredido na rua. Aqui não tem o problema de alguém ser agredido porque saiu uma notícia no jornal, porque uma TV contou uma mentira”, disse.

O ex-diretor do BB também aproveitou a ocasião para desqualificar o julgamento do mensalão, que o condenou por peculato, formação de quadrilha e corrupção passiva. “Foi um processo injusto. Um processo mentiroso, injusto, esconderam as provas. É lamentável que isso aconteça em pleno século 20”, completou, cometendo uma gafe com o número do século.

Pizzolato ainda afirmou que tinha a consciência “limpíssima” e que nunca perdeu uma noite de sono por isso. Questionado sobre ter usado o nome do irmão para conseguir sair do Brasil com documentos falsos, ele se esquivou da pergunta: “Não sei, isso não compete a mim, pergunta às autoridades”.

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No início da entrevista, que durou dez minutos, Pizzolato se recusou a conversar com jornalistas brasileiros. Foi se soltando a partir das perguntas dos repórteres italianos. Um deles lhe perguntou se ele voltaria para Maranello. “Tem tantos lugares, a Itália é lindíssima. Se querem saber o que vou fazer. Talvez andarei ao [santuário] de padre Pio [na cidade de San Giovanni Rotondo], porque Deus me deu uma sorte muita grande: uma mulher, que eu não sei é um anjo ou uma santa, e me ajudou a vida inteira. Rezarei um pouco por toda essa gente que acha que pode resolver as com raiva, injustiça”, respondeu.

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