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PGR investiga Cunha por suspeita de intimidar testemunha

Segundo coluna de Mônica Bergamo, do jornal 'Folha de S. Paulo', MP suspeita que Cunha tenha ameaçado Fernando Baiano, um dos operadores do PMDB

Por Da Redação
18 jul 2015, 11h50

Depois de entrar na mira da Lava Jato com a acusação de que extorquiu 5 milhões de dólares de um lobista, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, recebeu outra má notícia: a Procuradoria Geral da República investiga se o deputado intimidou Fernando Soares, um dos operadores do PMDB, conhecido como Fernando Baiano. Segundo a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a PGR suspeita que Cunha tenha ameaçado Baiano, que está preso desde o final do ano passado, para que não selasse um acordo de delação premiada, no âmbito do qual poderia revelar bastidores das propinas da Petrobras destinadas a parlamentares do partido.

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A PGR não informa quais são os indícios da suspeita e o advogado de Fernando Baiano, Nélio Machado, diz que a informação não é correta. Segundo Machado, Baiano tem até recebido pressão, dentro da cadeia, mas no sentido contrário: para fazer um acordo de delação.

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O deputado Eduardo Cunha já foi apontado como uma figura ameaçadora por outros dois delatores. Um deles é o próprio lobista Júlio Camargo, que o acusa de extorsão de 5 milhões de dólares. Em seu depoimento divulgado nesta semana, Camargo afirma que Cunha “é conhecido como uma pessoa agressiva”, embora ressalve que, no seu contato com o deputado, seu tom foi cortês e gentil.

Outro delator, o doleiro Alberto Youssef, disse à Justiça que vinha sofrendo intimidações do presidente da Câmara. Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, afirmou que um “pau mandado” de Cunha fez ameaças à sua família. O deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) negou a acusação: “Não sou pau mandado de ninguém”, disse Pansera. “Não devo favor nenhum a Eduardo Cunha. Ele é líder do partido, presidente da Câmara, mas fui eleito como resultado do meu trabalho. Fazer os requerimentos à CPI foi uma decisão minha. E só fiz isso porque foi o próprio Youssef quem falou dos patrimônios das filhas na delação dele.”

A intimidação de testemunhas e a ocultação ou destruição de provas são razões legais para a decretação de prisão preventiva. No caso de Cunha, porém, um pedido de prisão preventiva, no caso de ficarem comprovadas as ameaças e intimidações, não teria muitas chances de sucesso. O pedido teria de ser submetido ao Supremo Tribunal Federal e, se aceito, referendado pela Câmara dos Deputados, onde Cunha ainda desfruta de amplo apoio.

(Da Redação)

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