Os acordos fechados com as empresas escolhidas ilicitamente rendiam à quadrilha 10% do valor do contrato
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, em Dourados (MS), a Operação Uragano, cujo objetivo é combater práticas de fraude à licitação, corrupção ativa e formação de quadrilha. Até o momento, 27 pessoas foram presas, entre elas o prefeito da cidade, Ari Artuzi (PDT), a primeira-dama, o vice, quatro secretários e nove vereadores, incluindo o presidente da Câmara, Sidlei Alves da Silva (DEM).
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De acordo com a PF, Artuzi é o chefe do esquema. As fraudes consistem no direcionamento de licitações por meio da corrupção de servidores e agentes públicos. Os acordos fechados com as empresas escolhidas ilicitamente rendiam à quadrilha 10% do valor do contrato. O dinheiro, então, era dividido entre o prefeito e os vereadores envolvidos no esquema (tanto da situação quanto da oposição). A verba ilegal também era usada para formar caixa de campanha.
Ao todo, foram expedidos 29 mandados de prisão temporária. Outras 38 pessoas serão obrigadas a prestar depoimento. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e pela 1ª Vara Criminal de Dourados. Pelo menos 200 agentes da PF participam da operação. Foram apreendidos 100.000 reais em dinheiro na casa do prefeito.
A PF informa que as investigações começaram em maio deste ano e apontaram a participação de secretários municipais, empreiteiros, prestadores de serviços, vereadores e servidores públicos.