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PF pede ajuda a países vizinhos para controlar frota de ônibus da JMJ

Quantidade total de veículos a caminho do Rio ainda é desconhecida. Prefeitura estima 20.000 coletivos, que terão de ser estacionados em outros municípios. PF teme sobrecarga nos postos de fronteira às vésperas do evento

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
8 Maio 2013, 07h51

“A igreja tem uma expectativa de participantes cada país. Mas não podemos trabalhar com expectativa. Hoje, tenho um dado pouco preciso. Já ouvi que 10 mil e 40 mil ônibus com peregrinos chegariam no país para o evento Por isso, solicitei os dados. A maior preocupação é chegarem dezenas de ônibus ao mesmo tempo”, afirma o delegado federal Felipe Tavares Seixas, coordenador de Segurança em Grandes Eventos da Polícia Federal

As incertezas sobre o volume de público e os meios de transporte que serão usados pelos participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2013) são um desafio para os organizadores. E um aspecto, em especial, preocupa a Polícia Federal. Até o momento, não se sabe ao certo o total de ônibus que chegarão ao Rio. A certeza é apenas de que não há espaço para tantos coletivos na cidade nem nas áreas próximas dos locais de eventos. Temendo uma invasão de ônibus com peregrinos a PF acionou adidos policiais na Argentina, no Paraguai, na Bolívia, no Peru, no Uruguai e na Colômbia. Eles receberam a missão de ir a igrejas e autoridades locais para descobrir quantos ônibus sairão de cada país e quando os veículos chegarão aos postos de fronteira do Brasil.

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A estimativa da prefeitura do Rio é de que 20.000 ônibus cheguem ao Rio – o que significa algo perto de 800.000 participantes, se for considerada a lotação de 40 pessoas por coletivo. Mas ainda há dados contraditórios e pouca precisão nas informações que chegam oficialmente aos encarregados da segurança da JMJ. “A igreja tem uma expectativa de participantes de cada país. Mas não podemos trabalhar com expectativa. Hoje, tenho um dado pouco preciso. Já ouvi que 10 mil e 40 mil ônibus com peregrinos chegariam no país para o evento Por isso, solicitei os dados. A maior preocupação é chegarem dezenas de ônibus ao mesmo tempo. A gente sabe que o público que vem para o evento é ordeiro, mas ao mesmo tempo são jovens que podem ficar insatisfeitos com atrasos”, explica o delegado federal Felipe Tavares Seixas, coordenador de Segurança em Grandes Eventos da Polícia Federal.

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“Vamos ter mais gente para dar conta do serviço sem reduzir a segurança. Teremos aumento do efetivo do controle migratório e da própria fronteira”, afirma Seixas. De acordo com o delegado, o objetivo é evitar demora excessiva, filas de ônibus e eventuais tumultos nos locais de atendimento.

Segundo levantamento prévio da Polícia Federal, as principais portas de entrada dos peregrinos serão o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. “Fizemos uma análise de quais são os pontos de fronteira mais impactados. Há, inclusive, expectativa que peruanos cheguem de ônibus no Brasil. Nossa expectativa é que, até o dia 13, os postos já recebam reforços”, diz o delegado.

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Se a entrada dos ônibus no Brasil deixa a Polícia Federal em alerta, a permanência deles no Rio também não é uma questão simples. A prefeitura do Rio trabalha com a estimativa de 20.000 ônibus Rio e, por enquanto, tudo o que se sabe é que os veículos não deverão circular pela cidade e que deverão ser estacionado em bolsões em locais ainda não definidos. O tamanho do problema é similar ao tamanho do espaço necessário para estacionar 20.000 ônibus com condições mínimas de segurança e infraestrutura básica, como banheiro para os motoristas e iluminação.

A prefeitura estuda locais ao longo das rodovias para fazer a triagem dos veículos. Assim, com algumas horas de antecedência, postos de bloqueio na cidade ficam avisados do total de veículos de passageiros a caminho do Rio. Os organizadores estudam criar selos, placas ou adesivos para identificar os ônibus e estabelecer a distribuição de pontos de desembarque, evitando acúmulo de gente e veículos em poucos locais.

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A preocupação tem ligação direta com a segurança e o conforto dos peregrinos. Afinal, grande parte dos motoristas é de fora do Brasil, sem condições, por exemplo, de evitar áreas de favelas e pontos congestionados. Uma das possibilidades avaliadas é o uso de escolta para grupos de coletivos, o que evitaria que ônibus ficassem perdidos pela cidade.

Os locais de estacionamento também terão que ter estrutura mínima de conveniência. Muitos dos ônibus terão mais de um motorista. E, pela quantidade média estimada pela organização, 20.000 veículos significam, pelo menos, 20.000 motoristas, que terão que praticamente acampar nos pontos estabelecidos para estacionamento.

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