Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PF investiga envolvimento do PP em fraudes na Receita

Encrencado na Lava Jato, partido também é citado em operação que apura corrupção no 'tribunal da Receita'. Esquema pode ter causado prejuízo de R$ 19 bi aos cofres públicos

Por Da Redação
1 abr 2015, 03h05

A Operação Zelotes, da Polícia Federal, investiga o envolvimento do Partido Progressista (PP) no esquema de corrupção instalado no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, que funciona como uma espécie de “tribunal” para julgar recursos de contribuintes em débito com a Receita Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. A PF estima que o esquema possa ter causado prejuízos de 19 bilhões de reais aos cofres públicos.

Recentemente, o PP foi atingido em cheio por outra operação da Polícia Federal, a Lava Jato: 32 políticos da legenda foram citados no esquema do petrolão.

Segundo as investigações da Zelotes, as 74 pessoas ou empresas alvos da Polícia Federal e do Ministério Público até agora são suspeitas de pagar ou negociar propina para apagar ou reduzir débitos com o Fisco. Também há casos em que elas foram procuradas pelo grupo que operava as fraudes, que inclui advogados, conselheiros e ex-conselheiros do Carf.

A operação está em fase de inquérito, o que não significa condenação. A relação pode aumentar ou diminuir conforme o andamento das investigações.

LEIA TAMBÉM:

Zelotes leva Fazenda a suspender julgamentos do Carf

‘É o maior esquema de sonegação do país’, diz delegado

PP, o partido que virou colecionador de escândalos

PP – No caso do PP, o débito tributário alvo da Zelotes é de R$ 10,7 milhões. Por lei, agremiações partidárias têm imunidade tributária e não pagam impostos, mas há exceções, como quando a legenda tem as contas rejeitadas pela Justiça Eleitoral. É o caso, por exemplo, de quando o Fundo Partidário, que é uma verba pública, é usado para finalidades não estabelecidas na legislação.

Continua após a publicidade

Um dos investigados na Zelotes é o conselheiro do Carf Francisco Maurício Rebelo de Albuquerque Silva, pai do líder do partido na Câmara, Eduardo da Fonte (PE). O PP ainda não se manifestou sobre o seu envolvimento no caso de desvios na Receita.

No foco da investigação da Operação Zelotes estão grandes conglomerados, como os bancos Bradesco, Santander, Pactual, Bank Boston, as montadoras Ford e Mitsubishi, o grupo de alimentos BRFoods, Camargo Corrêa, Light, Gerdau e o grupo de comunicação RBS. As empresas negam irregularidades.

A Petrobras também está entre as companhias investigadas. Processos envolvendo dívidas tributárias de 53 milhões de reais são alvo do pente-fino, que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e as corregedorias da Receita Federal e do Ministério da Fazenda.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.