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PF faz buscas em empresas ligadas a ex-diretor da Petrobras

Algumas dessas empresas só recebiam pagamentos de fornecedores da Petrobras, e o MP desconfia que eram canais para Costa receber propina

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
22 ago 2014, 09h59

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a 6ª fase da Operação Lava Jato – desta vez, os alvos são empresas vinculadas ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e a seus familiares. Foram expedidos onze mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva. O mandado de condução é para Marcelo Barboza Daniel, sócio do genro de Paulo Roberto em uma consultoria. Ele está fora do país, mas já se colocou à disposição para prestar esclarecimentos.

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Operação Lava Jato: os nobres clientes do doleiro

Todos os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro. As medidas foram requeridas ao juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) pelos integrantes da Força Tarefa do Ministério Público Federal, em trabalho conjunto com a Polícia Federal. A operação Lava Jato foi desencadeada em março para desmontar sofisticado esquema de lavagem de dinheiro que atingiu o montante de 10 bilhões de reais. A investigação mostra as digitais do doleiro Alberto Youssef em negócios sob suspeita no Ministério da Saúde e na Petrobras. Entre os clientes de Youssef estão as maiores empreiteiras do país, parlamentares notórios e três dos principais partidos do país – PT, PMDB e PP.

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Para garantirem contratos na Petrobras, as empresas contribuíam para o caixa eleitoral de partidos ou pagavam propina diretamente a políticos. Indicado pelo PP à diretoria de Abastecimento da Petrobras, Costa tinha o poder de decidir quando, como e de quem comprar suprimentos, máquinas e serviços. Youssef, por sua vez, decidia quem poderia vender. Para isso, as empresas candidatas precisavam pagar um pedágio.

Os mandados cumpridos hoje servirão para apurar suspeitas de envolvimento do grupo criminoso em contratos da Petrobras. A PF constatou que várias das empresas investigadas são sediadas no mesmo endereço, e algumas só recebiam pagamentos de fornecedores da Petrobras, o que levou o Ministério Público a desconfiar que fossem apenas canais por meio dos quais Costa recebia dinheiro de propina.

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Em abril, reportagem do site de VEJA revelou que um conjunto de fornecedores, agora sob suspeita, recebeu pelo menos 31,1 bilhões de reais da Petrobras desde 2003 – ano em que o PT assumiu a Presidência da República e passou a interferir diretamente na gestão da estatal. Levantamento feito pelo site de VEJA a partir dos registros oficiais de doações de campanha, revela que, de 2006 a 2012, as empresas e seus diretores agora investigados por participação no esquema destinaram pelo menos 856 milhões de reais para financiar candidaturas.

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