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PF deflagra desdobramento da Acarajé em Salvador

Funcionária da Odebrecht foi presa na capital baiana e encaminhada a Curitiba. Houve também dois mandados de busca e apreensão, um deles na sede da empreiteira

Por Da Redação 11 mar 2016, 11h16

A Polícia Federal deflagrou hoje em Salvador um desdobramento da 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, um na sede da Odebrecht e outro na casa de uma funcionária da empreiteira, que foi alvo do único mandado de prisão temporária expedido. A PF não revelou o nome da mulher presa, que primeiramente foi levada à Superintendência da Polícia Federal na capital baiana e depois transferida à sede da PF em Curitiba.

Deflagrada em 22 de fevereiro, a Operação Acarajé mirou a relação do marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, com o esquema de corrupção instalado na Petrobras. O marqueteiro foi preso temporariamente, assim como sua mulher e sócia, Mônica Moura. Na semana passada, o juiz federal Sergio Moro transformou as prisões temporárias de Santana e Mônica em prisões preventivas, ou seja, o casal não tem data para deixar a cadeia. Além de João Santana e Mônica Moura, foram presos na Acarajé o operador de propinas Zwi Skornicki, executivos e uma funcionária da Odebrecht.

A operação trouxe à tona mais indícios do envolvimento de Marcelo Odebrecht no escândalo do petrolão e escancarou o pagamento de propina do conglomerado no exterior. Documentos em posse da força-tarefa do Ministério Público comprovam que existia uma planilha de pagamentos ilícitos feitos pela Odebrecht, com destinatários como “Feira”, uma referência ao marqueteiro João Santana, e JD, em alusão ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Segundo os investigadores, novas evidências mostram que Marcelo Odebrecht detinha o controle do caixa de propina do grupo e conhecimento amplo do uso de offshores para o depósito de dinheiro a corruptos. Na 23ª fase da Lava Jato, as suspeitas são de que Hilberto Mascarenhas Alves Silva Filho e Luiz Eduardo Rocha Soares, que já foram ligados ao Grupo Odebrecht, e Fernando Miggliaccio da Silva, preso na Suíça, atuavam nos pagamentos no exterior por ordem da companhia. Os dois últimos teriam sido retirados do país após buscas e apreensões na Odebrecht em junho de 2015, data da fase da operação que levou o herdeiro do Grupo Odebrecht para a cadeia.

Conforme revelou VEJA, durante a nona fase da Operação Lava Jato, investigadores detectaram indícios de que subsidiárias da empreiteira Odebrecht repassaram dinheiro a contas no exterior controladas por João Santana. VEJA também mostrou que, ao analisarem o material apreendido ainda na nona fase da Lava Jato, os investigadores encontraram uma carta enviada em 2013 pela esposa de João Santana a Zwi Skornicki com as coordenadas de duas contas no exterior. Mônica Moura indicava uma conta nos Estados Unidos e a outra na Inglaterra para os depósitos. De acordo com a investigação, Santana recebeu 7,5 milhões de dólares da Odebrecht e de Skornicki no exterior, além de 21,5 milhões de reais da empreiteira entre outubro de 2014, durante as eleições presidenciais que terminaram com a reeleição de Dilma, e maio de 2015.

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