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PF apura se Pimentel recebeu ‘vantagens indevidas’ por meio da empresa da mulher

Segundo a polícia, a empresa Oli Comunicação recebeu R$ 3,6 milhões de empresas que tinham interesses no BNDES, segundo jornal

Por Da Redação
26 jun 2015, 09h09

A Polícia Federal apura se o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), recebeu vantagens indevidas e valores ocultos de empresas com interesse em contratos com o BNDES por intermédio da firma de sua mulher, Carolina Oliveira. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a polícia, a Oli Comunicação, de Carolina, e empresas parceiras receberam 3,6 milhões de reais entre 2012 e 2014 de empresas que “mantinham relações” ou tinham “interesses” no BNDES. O período abriga justamente o período em que Pimentel esteve à frente do Ministério do Desenvolvimento, ao qual o banco de fomento é subordinado.

Na avaliação da PF, segundo o jornal, Pimentel e Carolina podem ter cometido “corrupção passiva, participação em organização criminosa e lavagem de capitais”.

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Na segunda fase da Operação Acrônimo, deflagrada na quinta-feira, a PF encontrou planilhas que mostram pagamentos dos grupos Marfrig e Casino (que controla o Pão de Açúcar) de 595.000 reais e 363.000 reais, respectivamente. “É razoável inferir-se que pode ter havido simulação de contratação da Oli Comunicação pelo Grupo Casino e pelo Marfrig Global Foods, a fim de repassar valores que, em última análise, poderiam ter como destinatário o então Ministro de Estado titular do MDIC”, disse a PF. A defesa de Carolina e Pimentel informou, no entanto, que os valores foram pagos para a MR Consultoria, empresa do consultor Mário Rosa, próximo de Pimentel. A PF também fez buscas na agência Pepper Interativa e encontrou repasses de 230.000 reais da empresa à Oli, em 2013, após ela receber do BNDES para “produção e manutenção de um hot site e peças para internet” da campanha “Conte com o BNDES”.

A Acrônimo apura se a campanha de Pimentel ao governo do estado em 2014 recebeu dinheiro do esquema operado pelo empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, colaborador de campanhas do PT. Obtidos com exclusividade por VEJA, documentos levantam a suspeita de que Bené operava uma espécie de caixa paralelo na campanha de Pimentel ao governo. Além disso, indicam que a mulher de Pimentel, Caroline Oliveira, seria dona de uma empresa fantasma utilizada pela organização criminosa. Há a suspeita de que as empresas de Bené, que receberam cerca de meio bilhão de reais do governo federal desde 2005, tenham bancado gastos de campanhas eleitorais petistas. Bené chegou a ser preso no fim de maio, mas deixou a cadeia após pagamento de fiança.

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Investigações – A operação foi deflagrada no fim de maio, quando foram realizadas buscas na casa da primeira-dama de Minas e na sede de uma antiga empresa que pertencia a ela. Na semana passada, contudo, o caso chegou ao STJ diante de investigações que passaram a envolver a suposta participação do governador.

A apuração teve início em outubro de 2014, quando a PF apreendeu um avião que voava de Minas a Brasília com R$ 113 mil a bordo. Estava na aeronave o empresário Benedito Rodrigues, o Bené, que é próximo a Pimentel e possui empresas do setor gráfico. Bené chegou a ser preso na primeira fase da operação, mas deixou a cadeia após pagar fiança.

(Da redação)

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