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PF abre investigação sobre João Santana, marqueteiro do PT

Uma das suspeitas é de que recursos tenham sido pagos a Santana por empresas brasileiras em Angola. Objetivo final seria a quitação de dívidas da campanha de Fernando Haddad

Por Da Redação
3 Maio 2015, 10h57

O jornalista João Santana, responsável pelo marketing político do PT, é alvo de um inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a suspeita de que duas empresas dele trouxeram 16 milhões de dólares da Angola para o Brasil em 2012, numa operação de lavagem de dinheiro. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, uma das suspeitas é de que os recursos tenham sido pagos a Santana por empresas brasileiras que atuam no país africano para pagar dívidas da campanha de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo.

Em 2012, Santana trabalhou em duas campanhas vitoriosas: a de Haddad e também a do presidente da Angola, José Eduardo dos Santos. Pela campanha do prefeito de São Paulo, o marqueteiro ganhou 36 milhões de reais em valores corrigidos pela inflação, mas ele só recebeu a maior parte do dinheiro depois da eleição.

A investigação aponta para uma suposta triangulação: para saldar a dívida da campanha de Haddad, empreiteiras brasileiras que operam em Angola teriam pago à Pólis Propaganda e Marketing, de Santana. Segundo o jornal, os recursos trazidos ao Brasil, teriam sido lançados como pagamento pela campanha do presidente angolano.

Em nota de esclarecimento, a Pólis informou que a transferência de recursos para o Brasil referentes ao trabalho em Angola, cumpriu todas as exigências do sistema financeiro nacional. “O contrato com a campanha de Angola foi de 20 milhões de dólares, pagos pelo partido MPLA (partido do presidente angolano), depositados numa conta da Pólis no Banco do Sol, em Luanda, capital da Angola”, explicou o texto. “Desse total, 16 milhões de dólares foram repatriados ao Brasil gerando uma guia de 6,29 milhões de reais em pagamentos de impostos”, explicou.

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Em um vídeo de um minuto, o próprio João Santana veio a público negar as suspeitas. “Eu não pago nada aos meus clientes. Eles que pagam para mim”, disse. O marqueteiro ainda disse que as investigações partem de uma “premissa falsa” e espera uma “retratação futura” da Justiça por danos morais. “Qualquer empresa e qualquer pessoa podem ser investigados (…) Essa acusação não conseguirá dar dois passos e se manter em pé, porque ela se baseia em interpretações absurdas”, defende.

Santana é uma das principais cabeças por trás das campanhas vitoriosas do PT. Ajudou a eleger o ex-presidente Lula em 2006 e a atual presidente Dilma Rousseff nas duas últimas disputas presidenciais.

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(Da redação)

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