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Pezão dribla promessas feitas por Cabral: ‘Não quero me comprometer com metas’

Candidato à reeleição pelo PMDB, governador do Rio de Janeiro evita assumir compromisso de despoluir a Baía de Guanabara até as Olimpíadas de 2016

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
18 ago 2014, 23h08

No comando do Palácio Guanabara desde abril deste ano, quando recebeu o cargo de Sérgio Cabral (PMDB), o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato à reeleição, sofre em campanha para se desvincular de promessas não cumpridas feitas pelo antecessor. Como primeiro candidato a governador entrevistado pelo telejornal RJTV, da Rede Globo, nesta segunda-feira Pezão se complicou mais uma vez.

Cabral prometeu criar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), a principal vitrine da gestão do PMDB no Estado, em cada favela do Rio controlada por milicianos ou traficantes. Passou longe. Foram 38 UPPs até o momento. E Pezão evitou responder nesta se isso foi uma promessa eleitoreira, em busca de votos, ou se faltou planejamento. “São muitas comunidades em que o crime se deslocou. Fizemos 38 UPPs. Fomos em todas as grandes comunidades. Vamos continuar a avançar”, tergiversou.

Indagado se houve exagero na promessa do antecessor, o candidato saiu pela tangente mais uma vez: “O secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, teve autonomia com sua equipe de estudar manchas criminais. Achou que era possível. Ninguém prometeu que ia acabar com a violência em todos os lugares”.

Pezão também teve de se explicar a promessa, desta vez assumida perante o Comitê Olímpico Internacional (COI), de despoluir a Baía de Guanabara até as Olimpíadas de 2016. A meta está longe de ser cumprida, com só 50% do esgoto despejado tratados. E o secretário estadual do Ambiente, Carlos Portinho, acabou com a esperança disso acontecer, ao afirmar que demorariam 20 anos para completar a despoluição, mantido o atual nível de investimentos. Neste caso, Pezão assumiu agora que não queria se comprometer com meta alguma. “Vamos investir fortemente nas obras de despoluição da Baía de Guanabara. Eu não quero me comprometer com metas. Vai estar muito melhor do que o teste que iatistas usaram agora”, afirmou.

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Pezão, no entanto, teve de criticar a postura do antecessor quando falou sobre o episódio da “farra dos guardanapos”, em que o então governador Sérgio Cabral posou para fotos com uma turma de secretários e o empresário Fernando Cavendish, sócio da construtora da Delta, com guardanapos na cabeça em Paris. As relações promíscuas de autoridades do Estado do Rio de Janeiro com a empreiteira aterrorizaram o governo Cabral, até PMDB e PT sepultarem investigações do caso na CPI do Cachoeira. “Considero grave e ele veio pedir desculpas em público. Não é normal essa proximidade. Sigo estritamente o Código de Conduta (do governo) que o governador baixou (depois do episódio)”, afirmou.

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