Mais recente personagem envolvido no escândalo do petrolão, o empresário Shinko Nakandakari recorreu nesta terça-feira à Justiça para ter acesso a todos os depoimentos, no âmbito da Operação Lava Jato, que o citam como responsável por extorquir empreiteiras interessadas em contratos com a Petrobras. Ligado a Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal e suspeito de ser o operador do PT no esquema, Nakandakari foi citado pelo empresário Erton Fonseca como a pessoa que exigia o pagamento de propina das empresas. Nesta segunda-feira Fonseca enviou à Justiça notas fiscais para comprovar que a empreiteira Galvão Engenharia pagou 8,8 milhões de reais (8,3 milhões de reais líquidos) entre 2010 e 2014, como propina, a uma empresa de Nakandakari. Além de saber que acusações pesam contra ele, o empresário diz que pode ser intimado, se as autoridades quiserem, em sua casa, na Zona Oeste de São Paulo, “para colaborar com as investigações em tudo o que for necessário”. (Laryssa Borges, de Brasília)